1.31.2008

Mais uma volta (Parte §)

.

Jim e William Reid, os donos do Jesus And Mary Chain


A notícia não é nova, mas também não é velha: no início deste mês, o Jesus And Mary Chain liberou três faixas demo no MySpace da banda: "War on Peace", "Cookies" e "Boiling Over", todas inéditas. As músicas foram extraídas das sessões de gravação do próximo álbum do Jesus, ainda sem nome.

E a pergunta que se faz: quem diabos é Jesus and Mary Chain?

O J&MC, formado em 1984 na Escócia, é uma das bandas mais cultuadas da década de 80, ao lado de nomes como Echo & The Bunnymen, New Order, The Smiths e The Cure. Em 1985, estreou no mercado com aquele que é considerado um dos grandes discos dos anos 80 e influência de boa parte das bandas indies que surgiram nos anos 90: Psychocandy. A banda lançou mais quatro álbuns até o derradeiro Munky, de 1998. Nenhum destes acabou tendo a importância histórica - e também a qualidade - do disco de estréia.

Para quem ainda acha que não escutou a banda, aqui abaixo vai a já clássica cena final de Encontros e Desencontros, de Sofia Coppola, onde toca "Just Like Honey", a faixa que abre o Psichocandy, numa das mais belas combinações imagem & som do cinema na última década.


.

1.30.2008

Novos blogs & links

.


Novos links abaixo à direita:

A 1º novidade é o link para o blog de Cristiano Bastos, o Zubovski. Bastos, para quem não conhece, é um dos autores do clássico "Gauleses Irredutíveis: Causos e Atitudes do Rock Gaúcho", livro que faz um belo panorama da cena rock gaúcha desde seus primórdios, nos anos 60, até o final da década de 1990/início dos 2000 - o livro saiu em 2001 e foi relançado ano passado.

O blog começou a ser publicado em agosto do ano passado. Tem vários textos bons, como este sobre o Kinks e uma entrevista com os gaúchos da Walverdes.

**

A 2º novidade é o link para o blog do Emerson Gasperin, ex-editor da Bizz e um dos melhores textos da crítica musical nacional. Gasperin vive em Florianópolis e, ao que parece, agora vai tentar manter de vez um blog atualizado. O primeiro post saiu dia 15 deste mês, e desde então o blog tem sido atualizado diariamente, religiosamente.

.

1.29.2008

Apesar do nome

.


Do Amor é uma das melhores bandas novas brasileiras.

Sim, o nome da banda é esse mesmo: Do Amor. Alcunha no mínimo esdrúxula, mas que, segundo dizem os integrantes, não tem nada a ver com o que normalmente se pensa: "Nosso nome não se relaciona com o som que a gente faz", disseram os quatro integrantes em uma matéria da Rolling Stone Brasil.

Bem, e que som fazem Gabriel Bubu (guitarra e vocal), Gustavo Benjão (guitarra e vocal), Marcelo Callado (baixo e vocal) e Ricardo Dias (bateria e vocal), todos músicos tarimbados no Rio de Janeiro?

É difícil dizer. É rock, mas tem pitadas desde de axé music(!) à noise guitar ao estilo Sonic Youth. Pode-se afirmar que tudo o que os caras ouvem repercute, de alguma forma, no som da banda. A Revista Outracoisa diz que a banda é "uma porção de estilos com letras inusitadas e rimas pouco óbvias". Na mesma matéria da Rolling Stone citada acima, diz que eles criam "sonoridade heterogênea e autoral".

Dêem uma olhada no vídeo abaixo, onde a banda toca no Festival Humaitá pra Peixe, no Rio de Janeiro, no dia 5 de janeiro deste ano:


A banda tem somente um EP, gravado no final de 2006. Até outubro do ano passado só tinha feito quatro shows. Mas muito desse pouco tempo à banda se explica porque Marcelo e Ricardo integram a banda de Caetano Veloso, que estava em tour com seu novo disco, o roqueiro "Cê", até pouco tempo atrás; e Gabriel estava com o Los Hermanos, onde tocava guitarra e baixo nos shows, até que eles resolverem dar aquela "parada por tempo indeterminado".

De qualquer forma, vale a pena prestar atenção neles. No Myspace da banda dá para escutar mais três músicas, além de "Pepeu baixou em mim" que está no vídeo; "Dar uma banda", "Isso é Carimbó" e "Perdizes". Lá também tem mais vídeos de músicas tocadas no show no Humaitá pra Peixe.

..

1.28.2008

Cinquentão

.


A revista Veja está com um belo especial sobre o 50 anos do rock em seu site. Traz informações sobre os principais albuns do estilo divididos em cinco períodos de 10 anos: 1954-1963, 1964-1973, 1974-1983, 1984-1993 e 1994-2003.

O infográfico faz um paralelo com o que acontecia no Brasil nas mesmas épocas, e traz a data do surgimento de todos os desdobramentos de gênero dentro do rock. E, além de tudo, é de fácil navegação. Entrem aqui e divirtam-se.

Fonte ilustração: www.fotolog.com/biradantas

..

1.27.2008

Moça de 15 anos

.


Esta simpática garotinha se chama Mallu Magalhães, tem 15 anos, e chamou atenção do público paulista dias atrás. Motivo: ela fez o show de abertura da incensada banda Vanguart, considerada uma das grandes revelações do pop-rock nacional dos últimos anos.

Muitos dizem que o show da guria foi melhor que a da banda principal. Outros já estão comparando a moça com a inglesa Lily Allen, como se Mallu fosse uma versão sem drogas nem álcool da inglesinha, que, aos 22 anos, anunciou recentemente que está grávida.

(Adendo: mais recentemente ainda foi divulgado que ela perdeu o bebê. Valeu pelo aviso, Viviane!)

Mas, bem, o que Mallu toca afinal?
Um pop-rock com pitadas de folk, com canções em inglês e português. Para sua idade Mallu até que canta bem; as composições também são interessantes. Numa palavra: a guria é promissora.

Dá para escutar quatro músicas dela no MySpace; uma delas, "Tchubaruba final", tem os singelos versos abaixo:

If you are down i'll say tchubaruba
if you don't know where i am, i'll be tchubirubing
if you don't know who you are
you can tchubada, you can tchubaduba

A agenda da moça já conta com três shows em São Paulo para fevereiro e início de março. Será a nova musa teen-indie?

..

1.25.2008

Across the Universe

.



Vi esses dias "Across the Universe", musical dirigido por Julie Taymour, lançado no fim do ano passado nos cinemas brasileiros. O filme pega uma daquelas idéias que muita gente já tinha pensado mas que, incrivelmente, ninguém ainda havia levado a cabo: contar uma história de amor através das canções dos Beatles.

Dêem uma olhada no trailer abaixo:




A história de Across the Universe pode ser assim resumida: O protagonista Jude é um jovem estivador de Liverpool que descobre que seu verdadeiro pai é um norte-americano, que engravidou sua mãe durante a II Guerra. Jude larga emprego, namorada, e decide procurar o pai nos Estados Unidos.

Lá, ele torna-se amigo do rebelde Max, e apaixona-se por Lucy, irmã de Max. Os dois rapazes vão para Nova York, o centro da contracultura americana nos anos 60, alugando um quarto no apartamento da cantora Sadie. Lucy decide ir depois para Nova York e se junta aos dois rapazes. A partir daí, os três - e mais Sadie, o guitarrista Jo-Jo e Prudence, uma japonesa que também mora no apartamento - vivenciam as transformações culturais/históricas da década.


"Give peace a chance"

No meio dessa história estão 33 músicas dos Beatles. Mais do que estarem ali, elas necessitam estar ali para o entendimento da história.

Um exemplo: Quando Jude começa a se apaixonar por Lucy, antes deles irem para Nova York, ele canta "I've just seen a face". A letra diz: I've just seen a face/I can't forget the time or place/Where we just meet/She's just the girl for me/And want all the world to see/We've met

Outro exemplo: ao partir de Liverpool para os Estados Unidos, Jude se despede da namorada cantando os versos "Close your eyes and I'll kiss you/Tomorrow I'll miss you/Remember I'll always be true/And then while I'm away/I'll write home ev'ry day,And I'll send all my loving to you", de "All My Loving".

Para que houvesse entendimento na história, as legendas teriam de traduzir também as letras das músicas - e esse acaba sendo um dos pontos fortes do filme: por mais que já tenhamos escutado e prestado atenção nas letras das músicas antes, quando vemos elas, traduzidas, em um contexto em que elas se tornam diálogos, ou monólogs internos dos personagens, passamos a ter uma outra idéia do que dizem as músicas. E essa idéia acaba, de certa forma, melhorando algumas canções, como se isso ainda fosse possível em clássicos como "Hey jude", "Something", "While my guitar gently Weeps", "Across the Universe", "Oh! Darling", dentre outras.




Convém lembrar que o filme é um musical. Então temos a história propriamente dita acontecendo, como um filme convencional, e temos os "clipes" em que os personagens começam a cantar - e que também contam a história do filme. Algumas vezes surgem as danças bem coreografadas, que irritam alguns e encantam outros. No caso de Across the Universe, as cenas de danças dão um toque surreal que torna, em alguns pontos, o filme mais interessante ainda, embora em outros se perceba um claro exagero em querer mostrar ao espectador mais do que se deveria - como o final "moralizante" da parte em que toca "I Want You (She's so heavy).

Outro destaque, inegavelmente, é quanto ao "ponto de encaixe" das músicas na história. A maioria delas entram ajudando a narrativa do filme, se ajustando às falas dos atores como se fosse exatamente aquilo que eles teriam de dizer naquele momento, ou então extravansando as sensações/emoções dos personagens, em situações que, algumas vezes, beiram ao genial - "While My Guitar gently Weeps" e "Revolution" são dois exemplos de encaixe perfeito entre música e história.

Duas participações especiais também merecem destaque: Joe Cocker e seu vozerão grave em "Come Together", e Bono Vox, do U2, encarnando um guru da contracultura chamado "Dr. Robert", que canta a ultrapsicodélica "I am the Walrus" na cena mais bonita visualmente do filme.

Mas também há excessos. Em alguns trechos parece que o filme está se moldando para encaixar determinadas músicas, saindo de uma certa linearidade sem uma explicação que não outra que a de simplesmente ter de botar certas músicas na trama. Exemplos disso são em "Dear Prudence", "Blackbird" e "Being for the Benefit of Mr. Kite" - ainda que esta última seja representada de forma pra lá de inteligente, retratando a letra com o tom "psicodélico-circense" que ela pede.


"Strawberry Fields Forever"


No saldo geral, as qualidades ganham dos defeitos. São diversas as sacadas geniais do filme, daquelas que nos surprendem pela simples idéia de dar certa imagem e história para canções tão conhecidas. Aqui chega-se em outro ponto: os beatlemaníacos de carteirinha irão gostar de achar pequenas sugestãos relacionadas aos fab four no filme, desde os óbvios nomes dos personagens à falas que são nomes de músicas não interpretadas na obra.


***

Quem ainda não teve oportunidade de ver o filme, aqui tem um link para baixá-lo por torrent.

Nos dois links abaixo estão as legendas, já sincronizados.

Parte 1: Legenda até 1h06 de filme.

Parte 2: Legenda de 1h06 até 2ho6 de filme.

..

1.24.2008

Mortes Bizarras

.

(4.4.1979 - 22.1.2008)


Bem, a esta altura já se divulgou o bastante a morte de Heath Ledger, ator mais conhecido por ter sido um dos caubóis gays em Brokeback Mountain, e que será o Coringa em The Dark Night, o novo filme do Batman - estréia prevista para julho deste ano - , dirigido também por Christopher Nolan, o mesmo do mais recente filme do herói, Batman Begins, e dos excelentes Amnésia (Memento) e Insônia.

Segundo consta, o ator foi encontrado morto em seu apartamento em Nova York pela sua empregada, no meio da tarde. Ela bateu na porta do quarto do ator para avisá-lo de que sua massagista havia chegado. Sem resposta, ambas abriram a porta do quarto e encontraram Ledger inconsciente, caído sob os pés da cama.

As evidências encontradas pela polícia apontam para morte por overdose de um comprimido para dormir chamado Ambien - aqui o esclarecedor site do remédio.
Meses atrás, Ledger deu uma entrevista, que resultou nesta sugestiva notícia abaixo:

(...) Ledger também contou ao jornal que o papel está lhe causando insônia. "Na semana passada, eu provavelmente dormi uma média de duas horas por noite. Eu não conseguia parar de pensar. Meu corpo estava exausto e minha mente continuava em atividade", disse. Segundo ele, nem mesmo remédio para dormir o ajudou a ter sono, já que ele adormecia, mas acordava uma hora depois.
(Fonte: Site HQ News)



****

Baseado nesse triste caso, decidi fazer uma série "mortes bizarras" na música.

Uma breve recapitulada já traz várias inusitadas; para citar um exemplo, tem a do primeiro baixista do Metallica, Cliff Burton, que morreu jogado para fora do ônibus de uma tour da banda pela Suécia, em 1986. O detalhe é que, na noite anterior, os integrantes tiraram no pauzinho para ver quem dormia na cama que era considerada a mais quente, que estava, naquele momento, com o guitarrista Kirk Hammet. Cliff ganhou nos pauzinhos e ficou com a cama. Foi o único jogado para fora quando da colisão do ônibus do Metallica, que estava na contramão, com outro ônibus que via em sentido contrário, morrendo na hora.


(10.2.1962 - 27.11.1986)
..

1.22.2008

Pérolas Videoclípticas (6): "Trabalho manual"

.

"Meu nome é Gerry Philips e eu tenho tocado músicas com as minhas mãos faz 38 anos! Esta é a primeira vez que eu tento tocar com um pedal wah-wah! Espero que você goste."




Dentre outros sons que Gerry "toca" estão o clássico "Bohemian Rapsody", do Queen, "The Trooper", do Iron Maiden, a musiquinha do jogo Super Mario Bros (!) e a pérola oitentista "Take on me", do A-ha.

..

1.21.2008

Qual era o "hit" no dia...

.



Brincadeirinha divertida: o site "This day in Music", como o nome já entrega, traz a compilação dos hits nas paradas britânicas, americana e australiana desde 1950 até hoje.
É só digitar um dia que ele diz qual a música era a número um das paradas.

**

Legal é de saber qual o hit no dia que você nasceu.

Por exemplo em 25 de novembro de 1985, data em que nasci, o hit nas paradas americanas é a brega "Separate Lives", do Phil Collins.

No Reino Unido, é "I'm Your Man", do Wham!, banda de George Michael fase pré-homosexualismo.

E na parada australiana, o hit era "You're The Voice", de John Farnham, que nunca havia escutado até achar o vídeo no youtube, esta pérola bem oitentista que vocês podem ver abaixo:


P.s: A foto que abre este post não tem nada a ver - a princípio - com o conteúdo do post; achei ela numa procura pelo dia 25/11/1985 no Google imagens.
..


1.18.2008

Auto-entrevista e o fim definitivo da Bizz

.

A finada revista Bizz ainda continuava esporadicamente - e bota esporádico nisso - atualizando o seu site.

Pois bem, hoje saiu a última atualização, desta vez se assumindo como a última - pelo menos até uma outra editora resolver comprar a marca Bizz e por-la novamente nas bancas, o que, parece, pode acontecer.

Gustavo Martins, responsável pela atualização do site e músico da banda Ecos Falsos, resolveu se entrevistar. Trecho da apresentação da entrevista:

"Não é preciso verbalizar, já sabemos o que você está pensando: "Jornalista metido a músico entrevistando a si próprio? Essa revista está nas últimas". E leitor, por incrível que pareça, dessa vez você tem razão: tudo indica que o presente será o último texto da BIZZ a ser publicado, pelo menos até um futuro (deseja-se) próximo."

O resto pode ser visto aqui. Apesar de alguns constrangimentos que uma entrevista desse tipo traz, ela tem umas sacadas interessantes sobre o mercado indie brasileiro.

..


1.17.2008

Iron Maiden & suas exigências gastronômicas


.

Parte do Iron no Brasil em 1985, ano do histórico show da banda no Rock in Rio I

Já é conhecido que o Iron Maiden, talvez a banda mais importante do heavy metal mundial em atividade, vai passar pelo Brasil em sua nova tour mundial, "Somewhere Back In Time". Os shows vão acontecer dia 2 de março, em São paulo, dia 4, em Curitiba, e dia 5, em Porto Alegre.

Para a vinda ao país, a novidade é que a banda utilizará um Boeing 757 customizado com cerca de 70 pessoas e 12 toneladas de equipamento, pilotado por ninguém menos que Bruce Dickinson, vocalista do Iron.

_ Eu tenho pilotado aviões de passageiro da Astraeus Airlines por alguns anos e encomendamos para esta turnê um Astraeus Boeing 757. Ele será remodelado, pintado e customizado em novembro, o que nos dará um bom tempo para solicitarmos toda a documentação - disse o capitão Bruce em comunicado distribuído pela EMI reproduzido em uma notícia do portal G1.

Abaixo, uma foto do avião personalizado do Iron.



***
Pois bem. A banda divulgou esta semana a lista de exigências gastronômicas para o show em Porto Alegre, que será no Gigantinho - vale lembrar que os ingressos já estão esgotados.

As exigências culinárias dos integrantes da banda mostram que eles são pessoas bastante saudáveis. Nicko McBrain, o baterista, pediu um sanduíche de atum com maionese sem manteiga no pão branco; Janick Gers, um dos três guitarristas, pediu o mesmo, mas no pão preto; Bruce Dickinson pediu cenouras, brócolis e frango (!) no vapor; Steve Harris, o baixista, pediu um sanduíche de frango, sem maionese nem manteiga, no pão preto, e uma porção de brócolis. Os outros dois guitarristas, Adrian Smith e Dave Murray, não pediram nada em particular.

Dá uma olhada na lista completa dos pedidos gastronômicos para o camarim do sexteto:

- Chá e café com 2% de gordura do leite.
- 2 garrafas térmicas: 1 com água gelada e 1 com água na temperatura ambiente.
- 6 litros de água gelada.
- 8 latas de Red Bull.
- 8 Gatorades de limão.
- 1 caixa de Corona (gelada).
- ½ caixa de cerveja light.
- ½ caixa de Boddingtons (cerveja).
- ½ caixa de Heineken ou Beck's.
- ½ caixa de Guinness.
- 1 litro de suco de laranja fresco e natural.
- 1 litro de suco de cranberry.
- 12 taças grandes de vinho.
- 12 taças pequenas.
- 1 abridor de garrafa.
- 1 tábua para frutas.
- 10 bananas.
- 1 potinho com nozes, castanhas, amendoim...
- 12 Foster's - lata grande (cerveja).
- 1 pote com tipos variados de chocolate.
- Biscoitos variados.
- 2 frangos inteiros torrados.
- 4 sacos grandes de batata chips.
- 1 saco de batata de cebola & salsa.
- Pão de fôrma e francês.
- Pão de fôrma preto.
- Pão com pelo menos 6% de fibra.
- Margarina.
- 1 garrafinha de mel.
- 5 limões.
- 1 garrafa de vinho branco local.
- 1 tábua de frios contendo tipos variados de queijo e presunto, lombo, peito de peru, etc
- 2 latas de atum.
- Legumes frescos e cozidos: tomate, cenoura, brócolis, ervilha...
- Mostarda , maionese e ketchup.
- 1 litro de leite.
- 1 pequena embalagem de leite de soja.
- 2 garrafas de um bom vinho tinto local.

Outras exigências estão no blog da Opinião Produtora, que traz a banda para Porto Alegre.

***

Perto de outros artistas, até que as exigências do Iron estão comuns. Mas talvez seja preciso um camarim especial só para botar tanta comida - boa - junto.

..

1.16.2008

Brigitte

.


Por falar em mulheres que cantam em francês, não posso deixar de registrar aqui que a grande musa do cinema francês, Brigitte Bardot, também lançou diversos discos.

Recentemente escutei uma coletânea chamada "Best of BB" (capa acima) que é bastante interessante. Tem músicas para todos os gostos: desde rock "de palminhas" como "L'Appareilà Sous" à pornográfica "Je t'aime... Mon non plus", com Sergie Gainsbourg, passando por baladas sexy como "Le Soleil "e até mesmo uma cantada em bom português, "Maria Ninguén" .

Dê uma olhada no vídeo abaixo, de 1965, uma espécie de clipe onde Brigitte canta "Bubble Gum", uma das músicas presente no disco.


O disco foi lançado em 1998 e é uma coletânea que abrange o período de 1963 a 1973. Para baixá-lo, clique aqui.
A senha para descompactar o arquivo é mitric.

..

1.15.2008

Sabe escolher

.


Andam sendo bastante divulgadas por aí as fotos do presidente da França, Nicolas Sarkozy, acompanhado de sua namorada "séria", segundo o próprio, Carla Bruni, cantora e modelo italiana.

Não vou entrar nos detalhes do relacionamento dos dois, até porque não posso e, segundo, porque já tem gente que faz isso a toda hora.

Mas uma coisa tem de ser dita: Sarkozy se deu bem.

Carla Bruni, 40 anos, nasceu em Turim, na Itália, mas foi criada na França, daí sua dupla nacionalidade. Depois de ser uma das mais requisitadas modelos dos anos 90, Bruni resolveu se dedicar a música.

Seu primeiro disco, de 2003, é Quelqu'un m'a dit. Todo cantado em francês, é um álbum simples, só voz e violão, com destaque para a interpretação suave - e porque não dizer sensual - de Carla, que, cantando em francês, soa mais sexy do que soaria em outras línguas. Quem já escutou uma mulher falando/cantando francês sabe do que isso se trata...

O segundo disco foi lançado ano passado, e é bem diferente do primeiro. A começar pelo idioma, já que é todo cantado em inglês. Se perde em sensualidade, ganha em profundidade; Carla ousou em musicar vários poetas tradicionais da língua inglesa como Emily Dickinson, W. B. Yeats e W. H. Auden. A capa dele (abaixo) deixa a intenção da moça bem clara:


O trabalho foi bem aceito pelo público, que o colocou em primeiro lugar na parada de diversos países da Europa, e por parte da crítica, que gostou da ousadia de Carla, como mostra essa resenha.

Deste último álbum é a música que Carla canta no vídeo abaixo, "Those Dancingy days are gone".


Quem quiser escutar os álbuns da cantora, pode achar os links baixá-los aqui.

Como pode se ouvir/ver, Sarkozy sabe escolher.
.

1.14.2008

Eddie Vedder & Globo de Ouro

.



Eddie Vedder ganhou ontem o Globo de Ouro de melhor canção original com "Guaranteed", de "Into the Wild", filme que já foi pauta de um post deste blog.

Uma pena que, neste ano, o Globo de Ouro não teve cerimônia de entrega dos prêmios; devido à greve dos roteiristas de Holywood, os premiados foram anunciados por jornalistas numa simples coletiva de imprensa, que não durou mais que meia hora.

Uma matéria da agência Reuters publicada hoje no O Globo Online levanta uma interessante questão a partir desta situação: "Se um filme ganha um Globo de Ouro, mas não há cerimônia, será que o prêmio ainda vale alguma coisa? ". A matéria completa está aqui. E a lista dos vencedores pode ser vista aqui.

Logo aqui abaixo dá para ver um vídeo em que Eddie Vedder, sentado num banquinho, toca violão e canta "Guaranteed". O vídeo é o clipe oficial da música; foi postado dia 11/o1 no YouTube, depois retirado por pedido da Sony, gravadora da banda, e recolocado ao ar através de um pedido do empresário do Pearl Jam. É dirigido por Marc Rocco.



O site oficial do Pearl Jam informa que a trilha sonora do filme vai ganhar ainda uma edição especial em vinil, que começa a ser vendida no dia 29 de janeiro, somente no site da banda, por $ 20,00. O encarte é caprichado: 28 páginas com as letras e ainda mais comentários do diretor do filme, Sean Penn.

A imagem da capa do LP é esta abaixo, acrescentado do título do filme em cima.


Curiosidade: esta foto não é do filme, mas sim de Eddie Vedder. Ela já foi usada inclusive nas divulgações de Yield, 5º disco de estúdio da banda.

.

1.12.2008

Dylan no Brasil e na Argentina

.


Cartaz do show de Dylan na Argentina

A
inda não havia postado aqui ainda, mas o que, em alguns posts atrás, falei como provável, já está certo faz tempo: Bob Dylan vem ao Brasil mesmo.

Faz (só) dois shows por aqui, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro. A produtora Mondo Entretenimento, que está trazendo Dylan para o Brasil, ainda não confirmou os locais, os preços e a data do show: o certo é que será em meados de março, provavelmente na semana seguinte ao dia 15 de março, data do show do americano na Argentina, em Buenos Aires.

A propósito: o show em Buenos Aires vai ser no estádio do Velez Sarsfield, e os ingressos estão sendo vendidos desde dia 6 de janeiro. Os preços são esses aqui:

Campo VIP 1: $380 - Campo VIP 2: $330 - Campo VIP 3: $280 - Platea Baja Preferencial: $220 - Platea Baja: $170 - Platea Alta: $90 - General con acceso a Campo: $75.

Até que não estão tão caros, haja vista que a cotação do peso para nós brasileiros está em conta: um peso está custando em torno dos R$0,60.

Quando sair a confirmação das datas, locais e preços do show no Brasil posto aqui. Será a terceira vez dele no Brasil; a primeira foi em 1990, e a segunda em 1998, abrindo para o Rolling Stones.

Na tour mais recente, Dylan tem tocado mais teclado do que guitarra, o que é uma novidade. O repertório dos shows tem como base as canções do ótimo álbum Modern Times, lançado ano passado, mas passeia por toda a longa discografia do cantor de forma bastante imprevisível. Uma amostra do que pode nos esperar em março pode ser vista logo abaixo: um show de Dylan no Canadá em meados do ano passado, na mesma tour que virá aqui.



..

1.10.2008

Mais uma volta?

.



Sabe-se lá se pela grana ou por interesses artísticos, mas surgem boatos fortes de que o The Kinks pode voltar a se reunir este ano.

Antes que alguém pergunte "quem??", esclareço: o Kinks é uma das principais bandas inglesas do século passado, surgida em 1963 e participante da chamada "British Invasion", termo cunhado para designar o avanço mundial de bandas inglesas como os Beatles, Rolling Stones, The Who, dentre outras. Nunca fez tanto sucesso quanto essas três contemporâneas, mas é sempre citada como uma das bandas de rock mais influentes de todos os tempos. Mais informações, clique aqui.

Explicada a situação, Ray Davies, o vocalista, principal compositor e líder da banda, disse, em matéria do jornal inglês Daily Mail da quinta-feira 27 de dezembro de 2007, que já há algum tempo tenta juntar os outros membros da banda. Devido a problemas de saúde de seu irmão, o guitarrista Dave Davies, e do baixista Pete Quaife, a volta vinha sendo adiada.

_ Conversei com Quaife há um mês, e ele diz querer muito fazer outro disco comigo”, contou Davies, que também falou do irmão e do baterista do grupo, Mick Avory: “Acho que Dave (que teve um derrame em 2004) está melhor e Mick ainda toca. Seria ótimo nos reunirmos apenas para ver que idéias musicais teríamos.” - disse Ray ao jornal inglês.

Peter Quaife (esquerda), Ray Davies (atrás), Mick Avory (direita) e Dave Davies (frente), a formação clássica do Kinks, em foto dos anos 60s.


***

Desde que escutei o Kinks, em meados deste década, não consigo deixar de achá-la uma das melhores bandas do século passado. Se não chega ao patamar de qualidade unânime dos Beatles, também não perde muito para o Rolling Stones ou o The Who.

Numa comparação com os Beatles, o Kinks era como uma banda que, ao invés de evoluir do romantismo puro para temas sérios e complexos como
os fab four na mudança que marcou o fim da fase beatlemania, em 1965, tivesse mantido a simplicidade instrumental e acrescentado o aspecto diferencial, de acompanhar o ritmo de experimentação do seu tempo, nas letras, recheadas de ironia; algo como se um Monty Python não tão nonsense e mais romântico tivesse passado a tocar rock'roll.

Por falar em romantismo, o Kinks sabia ser quando lhe interessava; olhe o vídeo abaixo de "Waterloo Sunset", linda balada que está no disco Something Else by The Kinks, de 1967. A letra é uma crônica do encontro de um casal na Londres da década de 1960. Reza a lenda que Ray Davies, logo depois de escrever a letra, passou pelos locais da cidade para confirmar se o que tinha descrito como cenário condizia mesmo com a realidade.



Quem quiser conhecer mais do Kinks, recomendo começar com qualquer um desses quatro discos da fase áurea da banda: Face to Face (1966), Something Else by The Kinks (1967), The Kinks Are The Village Green Preservation Society (1968) ou Arthur (Or the Decline And Fall Of The British Empire) (1969).

Link para baixar o Something Else tem aqui. E para o The Village Green aqui. E para o Arthur tem aqui. Face to face fico devendo.


..

1.09.2008

Mais Led Zeppelin

.

Ao que parece, não bastou o show de 10 de dezembro do ano passado para contentar os fãs do Led Zeppelin. A banda confirmou, em entrevista ao jornal britânico Daily Mirror, que vai tocar novamente no festival de Bonnaroo, que será realizado entre os dias 12 e 15 de junho, no estado do Tennessee, sul dos Estados Unidos.

Segundos as informações divulgadas pela imprensa mundial, quem mais relutou em fazer um novo show foi o vocalista Robert Plant. Dizem que ele só mudou de idéia quando viu as muitas mensagens implorando por novos shows mandadas para o site oficial da banda, o Ledzeppelin.com. A banda só vai decidir se faz uma tour mundial depois desse show.

Plant, vale lembrar, lançou um excelente disco em 2007: Raising Sand, em parceria com a cantora americana Alison Krauss. O álbum, que passeia pelo bluegrass, blues, country, dentre outros ritmos bem americanos, esteve presente em diversas listas de melhores do ano passado - como essa da Rolling Stone brasileira, que saiu na edição deste mês.

O Led também está de produto novo no mercado: o DVD The Song Remains the Same, filme lançado em 1976 que agora ganha uma "edição de colecionador" , com quatro músicas extras e entrevistas com o Plant e o empresário da banda, Peter Grant. O tracklist e a arte da capinha estão logo aqui abaixo:




Disc One:
01. Rock And Roll
02. Celebration Day
03. Black Dog (including Bring It On Home)
04. Over The Hills
05. Misty Mountain Hop
06. Since I've Been Loving You
07. No Quarter
08. The Song Remains The Same
09. Rain Song
10. The Ocean


Disc Two:
01. Dazed And Confused
02. Stairway To Heaven
03. Moby Dick
04. Heartbreaker
05. Whole Lotta Love.
..

1.08.2008

Piores capas

.

Mais uma listinha, desta vez das piores capas de disco. Nada muito sério, com algumas pérolas do mau gosto e do non sense.

Abaixo as três primeiras:


1) Europe, The Final Countdown (1986)


2) Ken, By request Only



3) Eulenspygel, 2, (1970)


Mas, não seguindo a ordem, achei outras capas dignas de nota, como esta escatológica abaixo, a nº 45 da lista...


E essa, a nº 12...


Mas há outras comportadinhas também, como essa....


e essa...


as nº 66 e 67, respectivamente.

Há diversas outras excelentes (ou horríveis, dependendo do ponto de vista) aqui. Outras listas de piores capas pipocam na internet; só procurar no google que se acha alguma coisa.

..

1.04.2008

Listas, um gráfico & história

.


Este gráfico acima - que pode ser melhor visualizado com um clique nele - foi feito por Carol Bensimon, mestranda em Criação Literária na PUCRS, vencedora da Bolsa Funarte de Estímulo à Criação Literária e dona de um blog no portal Insanus, o simpático Kevin Arnold para dois. Como o texto em letra míuda em cima do gráfico diz, ele foi feito tendo por base a lista da Rolling Stone das 500 melhores canções de todos os tempos.

Como já é de conhecimento público, o Cena Beatnik adora listas da Rolling Stone. Daí veio a idéia de publicar este gráfico, que me foi indicado pelo Augusto, do blog-parceiro Cabruuum.

Fica mais fácil de visualizar os anos em que foram produzidas as músicas da lista através do gráfico. Algumas observações que a Carol fez no blog:

* O ano de 1965, que rendeu 35 das melhores músicas da lista, contém 6 Bob Dylan e 5 Beatles.
* As décadas de 1960 e 1970 respondem por 345 músicas, isto é, 69% da lista.

* O período entre 1973 e 1979 ficou numa oscilação bizarra, e não encontrei nenhuma explicação significativa para isso.

* 1991, o melhor ano da década de 90, tem 7 músicas, das quais 3 são do Nirvana (Nevermind).

* Os anos 2000 estão representados por uma música do Outkast e duas do Eminem. Me parece completa injustiça, embora não me ocorra de pronto o que colocar no lugar sem que soe pessoal demais.


Saliento mais uma vez: fazer lista é um exercício meio que fútil, quiçá inútil, e diz mais sobre quem as fez do que dos artistas citados, que nem estão aí para elas.

Mas que é legal pensar sobre algumas coisas através delas, sem dúvida que é.

Por exemplo: ou o período que vai de 1964 a 1973 foi o ápice criativo musical do século XX, ou grande parte dos votantes da lista "viveu" mais esta fase e, portanto, tem um apego sentimental muito forte ao que foi produzido nesta época, tão forte que influenciou muitos votantes - e mais ainda não-votantes - a considerarem mais do que se deve a música deste anos. Outra coisa a considerar é que a Rolling Stone é uma revista americana que trabalha mais com o rock'roll e o pop; não espere encontrar jazz nem música erudita nela.

Particularmente, eu tendo a acreditar mais na primeira hipótese. O que me leva a outra consideração: na hora de se produzir arte, o contexto histórico/social/político/cultural - enfim, o contexto mesmo - vale muito. Nesta época, como se sabe, inúmeros conflitos ocorreram, principalmente da ordem de questionamento dos valores sociais vigentes até então; a liberdade nunca, no século XX, foi tão exigida como direito, e as pessoas nunca foram tão importantes como fator crucial de mobilização em busca deste direito. Claro que uma pequena parcela da população foi a responsável por boa parte destes questionamentos; mas, de resto, são pequenas parcelas do povo que realmente modificam uma sociedade, vide a Revolução Francesa, a Revolução Russa, dentre outros movimentos modernos considerados importantes para a história.

*
Vou me puxar aqui e, se achar tempo, farei gráficos semelhantes com alguma das outras listas que publiquei aqui.



..

1.02.2008

Los Hermanos, 10 anos

.


O
Los Hermanos completou 10 anos de existência em dezembro passado. Mas eu lembrei disso porque, depois de muito tempo, recebi um email do newsletter que assino no site da banda.

Reproduzo abaixo o texto, porque é curto:


Boa tarde!
Na semana retrasada fizemos dez anos de aniversário! No dia 14 de dezembro de 1997 o Los Hermanos subiu ao palco ao palco do Empório pela primeira vez para tocar quatorze músicas para cerca de setenta pessoas. Entre as canções estavam "Azedume" e "Descoberta", presentes nos shows até o ano passado.
Parabéns para todos que estiveram conosco nesses dez anos. Aliás, o recesso continua mas seguem alguns links para você acompanhar o que os hermanos têm feito nos últimos meses.
Marcelo Camelo, www.myspace.com/marcelocamelo : ouça a inédita "Téo e a Gaivota";
Rodrigo Amarante, www.myspace.com/rodrigoamarante : ouça a versão inédita de "Evaporar";
Bruno Medina, http://colunas.g1.com.br/instanteposterior/ : blog com duas crônicas semanais;
Rodrigo Barba, www.myspace.com/bandalatuya : ouça cinco músicas da nova banda do Barba;
Um abraço da equipe Los Hermanos.

Em homenagem à banda vai o vídeo abaixo, deles tocando "O Vencedor" na Fundição Progresso, dia 9/06/07, no último show antes do "recesso" que eles resolveram dar.

Reparem no êxtase da platéia quando a introdução instrumental termina e, com as luzes todas acesas, a letra da música é cantada em uníssono, deixando a banda nitidamente atordoada. Difícil não lembrar os históricos shows dos Beatles na fase beatlemania, quando eles tocavam para platéias que, de tanto gritar enlouquecidamente, faziam com que os próprios músicos não escutassem o que estavam tocando.




..