10.31.2008

Rádios (1)

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Algumas boas rádios via web que recomendo:

_ FM Urquiza;
Rádio argentina (de Buenos Aires) especializada em jazz. Tem para todos os tipos de jazz, do dixieland ao be-bop, do cool ao fusion, do free-jazz à Nina Simone, do ragtime ao jazz latino. Comentários entre as músicas trazem informações interessantes sobre a programação de jazz na capital portenha; curiosidades sobre a cidade são o tema do quadro "Mosaicos Porteños", às 13h, de segunda à sexta. Destaque para o programa "La Guagua", de José Luiz Ajzenmesser, das 15 às 16h, de segunda à sexta.

_ Ipanema FM;
Rádio tradicional de Porto Alegre, das únicas que ainda mantêm a qualidade na programação. É por natureza eclética: tem rap, pop, rock, funk, soul, eletro, nativista... Destaque para os programas "Suburbia" (domingos, 21h), que toca muita coisa boa nova e antiga, seja ela rock, eletrônica ou punk, apresentado pelo competente jornalista Marcelo Ferla; "Música da boa" (sábados, 9h), que toca os grandes clássicos da música gaucha, de Teixerinha à Mano Lima; e a programação de segunda à sexta pela manhã, entre 8h e 13h.

_ Unisinos FM;
Rádio da Universidade do Rio dos Sinos, com sede em São Leopoldo-RS. A programação é focada no rock, com ênfase para bandas novas nacionais e internacionais. O destaque da programação é as noites de segunda à sexta, às 22h, sempre com programas diferentes (como o Superbacana, às segundas, que apresenta um disco clássico da história do rock'roll).

_ BBC Radio One;
Uma das diversas rádios da BBC, empresa de comunicação estatal britânica. Nessa, o foco são as novidades musicais - sejam elas inglesas, ou não - com destaque para o sempre bom rock britânico e o pop. Além, é claro, do forte sotaque britânico na locução.

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Por momento é isso. Outra hora falo de mais rádios, e também de alguns bons podcasts. Dicas são muito bem recebidas.

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10.29.2008

Pérolas Videoclípticas (19): Noil, Mallu Magalhães

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Fiquei devendo no último post um vídeo de "Noil", da Mallu Magalhães, então aí está. É mais um capítulo da impressionante saga da guria. A canção é apontada por muitos como a melhor dela, e eu concordo. A carga melancólica e emocional da música é tão profunda que fica difícil crer que foi Mallu, com seus recém feitos 16 anos, que a compôs.

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10.23.2008

Virou fenômeno mesmo

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Escrevi o primeiro post sobre a Mallu Magalhães em 27 de janeiro desse ano, motivado pela ebulição em torno dela que se dava na época. Veja só como que era parte do texto:

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Esta simpática garotinha se chama Mallu Magalhães, tem 15 anos, e chamou atenção do público paulista dias atrás. Motivo: ela fez o show de abertura da incensada banda Vanguart. Muitos dizem que o show da guria foi melhor que a da banda principal. Outros já estão comparando a moça com a inglesa Lily Allen, como se Mallu fosse uma versão sem drogas nem álcool da inglesinha, que, aos 22 anos, anunciou que está grávida.

Mas, bem, o que Mallu toca afinal? Um pop-rock com pitadas de folk, com canções em inglês e português. Para sua idade Mallu até que canta bem; as composições também são interessantes. Numa palavra: a guria é promissora.


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Claro que as comparações com Lily Allen, assim como com Juno, só surgiram na ânsia de querermos comparar com algo já conhecido o que ainda não é. Mas veja bem: isso foi escrito no final do primeiro mês deste ano, quase 9 meses atrás. Não parece muito mais tempo?

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Nesse quase 9 meses, as músicas de Mallu multiplicaram-se, junto com sua fama e sua conta bancária - com direito a música em comercial de operadora de celular, indicações para prêmios da Multishow e da MTV, participação em programas de televisão dos mais diversos, matérias nas capas dos cadernos de cultura dos principais jornais do país e parceria com Marcelo Camelo em Janta, do novo disco do hermano (que aparece junto dela no desenho logo acima, feito pela própria Mallu).

Mallu virou fenômeno, midiático e musical. Até transformou-se em "Case" na música brasileira desta década: de apenas quatro músicas no My Space e abrindo shows pro Vanguart ela pulou pra "grande revelação da música brasileira do ano", com direito à convite de grande gravadora (recusado) e gravação do 1º disco com Mário Caldato Júnior, produtor de gente como Beastie Boys, Jack Johnson, Bebel Gilberto, Marisa Monte e Seu Jorge.

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Quer saber como se deu alguns detalhes dessa ascenção vertiginosa de Mallu no meio musical brasileiro? Leia aqui um excelente perfil dela, escrito por Armando Antenore e publicado na Revista Bravo.

O que eu resumi em um parágrafo ali tá tudo explicadinho, com direito à apresentação dos personagens que giram em torno de Mallu, como o seu pai, Dudi, 47 anos, músico frustrado e engenheiro civil; Mané, 18 anos, melhor amigo de Mallu e "facilitador" da moça; Jorge Moreira, 41 anos, dono de estúdio que virou baterista da banda que a acompanha; e Rossato, 34 anos, ex-guitarrista da Bide ou Balde, publicitário e atual empresário dela.

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Mallu, sua banda e o produtor Mário Caldato (batizado de "marioca" pela moça)


Mallu já terminou de gravar seu primeiro disco, que foi produzido de forma independente, com o dinheiro que ela ganhou daquela operadora de celular. Como consta nesta matéria do O Dia online, ela escolheu gravar com aparelhos analógicos, expediente comum àqueles que querem dar uma roupagem "antiga" em seu som.

O disco ainda não teve seu lançamento oficial confirmado. Mas como não poderia deixar de ser, algumas músicas estão disponíveis no Myspace dela. E resenhas já andam saindo sobre ele: essa aqui saiu na mesma Bravo do perfil acima, escrito pelo competente jornalista José Flávio Júnior.

Eu ainda não escutei o disco inteiro, nem o achei para baixar (quem souber de link, avisa). Mas pelas músicas que escutei, dá para dizer que é coisa boa. Noil, citada na resenha da Bravo como a "mais impactante das 14 [duas em português, o restante em inglês] registradas no début", é bastante impressionante; lenta, arrastada, melancólica e muito boa, tudo muito surpreendente para uma moça de 16 anos.

Quem quiser escutar algumas das já mais de 40 (!) músicas que Mallu compôs, pode clicar aqui; muitas estão em versão ao vivo, mais toscas e incompletas que o registro em estúdio, mas valem uma audição. Aqui abaixo tá o clipe oficial de Tchubaruba, dirigido por Macau Amaral.



Créditos fotos
1, 2, 4: myspace/mallumagalhães
3: Revista Bravo

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10.20.2008

Espelho Cristalino

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Quando falavam de Alceu Valença, me vinha a imagem caricata do tiozinho cabeludo, de chapéu de cangaceiro, cantando um forró que nunca me interessava porque não me dizia nada. Um preconceito que eu não fazia questão de perder.

Mas eis que me cai em mãos - literalmente -o cd "Espelho Cristalino", com capa feita de xerox e gravado em CD-R. Não precisou nem de duas escutadas no disco inteiro para conseguir gostar; na 2º música fiquei arrepiado e na 5º de novo. E arrepio pra mim é atestado de qualidade indiscutível, que seleciona com incrível precisão o muito bom do apenas bom.

Gostei tanto que tive de escutar de novo. E de novo, dessa vez em MP3 e num som melhor que o dos auto-falantes pobres do notebook. E de novo, no MP3 player. E de novo, quando, com a pilha recarregada, fui escolher dentro do 1G disponível aquilo que queria escutar em viagem à Florianópolis. E depois de dois dias sem escutar o disco, resolvi escutar de novo; ainda desta vez, consegui me arrepiar quando do começo da faixa 5, "Espelho Cristalino" como o nome do disco.

E para escrever esse texto, escutei de novo e me arrepiei de novo. Pelo menos agora já cantarolava alguns trechos da letra, principalmente o refrão: " Mas eu tenho meu espelho cristalino / que uma baiana me mandou de maceió / ele tem uma luz que alumia / ao meio-dia clareia a luz do sol".

Como nos melhores discos de nossa discografia particular, não tem muita explicação o fato de eu ter gostado tanto do disco. O certo é que o preconceito, neste caso, ajudou.

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Feito o relato, as informações: "Espelho Cristalino" é o 3º disco solo de estúdio produzido por Alceu Valença. Foi lançado em 1977, cinco anos depois da estréia em disco do pernambucano, ao lado do conterrâneo Geraldo Azevedo no intitulado Alceu Valença & Geraldo Azevedo. É considerado por muita gente como um dos melhores discos da safra de compositores nordestinos que inclui ainda Zé Ramalho, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Belchior, Lula Côrtes e Fagner.


Zé Ramalho, Alceu Valença e Lula Côrtes defendendo "Vou Danado pra Catende" no festival Abertura, de 1975.


A mistura de sons regionais, como o baião, coco, embolada, forró, com sons mais "universais", como o rock e o folk, é a tônica de Espelho Cristalino, tanto nas letras com referências ao folclore local (o refrão da faixa-título, por exemplo, pertence a uma cantiga do folclore alagoano) quanto no uso de instrumentos populares na região, como a sanfona, a flauta e a viola nordestina.

Com apenas oito músicas, hoje o disco é considerado clássico; na época, não teve muita repercussão, como o próprio Alceu Valença comentou no festival Virada Cultural deste ano, quando foi chamado para tocar, na íntegra, o próprio Espelho Cristalino.

Abaixo, as faixas e um link para download do disco.


1. Agalopado (Alceu Valença)
2. Maria dos Santos (Don Tronxo - Alceu Valença)
3. Anjo de Fogo (Alceu Valença)

4. Veneno (Rodolfo Aureliano e Alceu Valença)
5. Espelho Cristalino (Alceu Valença - refrão folclore alagoano)
6. Eu sou Você (Alceu Valença)
7. A Dança das Borboletas (Alceu Valença e Zé Ramalho)

8. Sete Léguas (Alceu Valença)

Link para baixar (cortesia daqui, onde tem toda a discografia de Alceu para baixar).


Foto retirada daqui.
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10.16.2008

Baixa Cultura

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Depois de um mês de testes (antecedendo, claro, meses e meses de testes que virão), cooptação de mão-de-obra htmlística e reuniões editoriais etílicas em Florianópolis, o BaixaCultura está oficialmente no ar nesse endereço:

http://baixacultura.org

Colo abaixo a apresentação do site para ilustrar a idéia do projeto:

BaixaCultura?

"Journalism is about human reaction and criminal enterprise". (Warren Ellis, Transmetropolitan.)

Jornalismo cultural voltado para produtos que podem ser consumidos (apreciados, fruídos, curtidos mesmo) na rede.

A vasta discussão em torno das possíveis e impossíveis mudanças na forma de se praticar (fazer, distribuir, consumir) cultura após a popularização das mídias digitais também nos interessa, e muito.

Você sabe: Download. Pirataria. Copyleft. Produção Independente. Contra-Indústria. Todas essas coisas que ajudam a construir uma cultura anárquica e gratuita (ou, no mínimo, mais acessível).

BaixaCultura
é editado por Leonardo Foletto e Reuben da Cunha Rocha. Mas, como não podia deixar de ser, ele está (bem) aberto para colaboração.

A última atualização é a matéria semi-investigativa Cortando o barato, sobre a retirada do ar do saudoso blog de música brasileira Som Barato. Ali estão, também, alguns detalhes sobre quem retirou da rede o blog e baseado em que essa decisão foi tomada.

Aguardo o pessoal por lá também.

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10.13.2008

Cartola Blues

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Nesses últimos dias, muito se falou de Cartola, que completaria 100 anos no último sábado, 11 de outubro. Que o cara é um gênio da música brasileira creio que não há dúvida. Mas eis que vejo uma boa pauta para conversa de bar: Cartola foi no Brasil o único equivalente aos pioneiros do blues do Mississipi.

Quem trouxe a interessante comparação é o Bruno Galera em seu blog. Para ler o post, clique aqui.

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10.10.2008

Nostalgia

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J
á disseram em comentários que nostalgia era o que esperavam deste blog. Nunca parei para pensar se a nostalgia (a minha, no caso) era o principal "valor-notícia" para escolher o que postava por aqui, mas de uns tempos pra cá tenho levado ela mais em consideração. Talvez seja a idade chegando, e com ela a constatação de que a falta de sons que me agradem hoje só pode ser compensada pela escuta de sons de épocas anteriores, especialmente de bandas que já ouvi bastante e que me trazem lembranças.

Na verdade, o aparente desagrado com a "música de hoje" só pode ser explicado pela comparação inevitável que o sentimento nostálgico cria entre o que é feito hoje e o que já escutei, com evidentes vantagens para aquilo que já escutei. É como ouvi certa vez: somos escravos de nossa adolescência, no que diz respeito à gostos musicais. Por mais que hoje goste de inúmeras outras coisas que nem sabia que existiam na época da descoberta, ainda é demais prazeroso ouvir um disco dessa época; as lembranças das situações, dos locais onde estava quando colocava o CD no micro sistem, ou quando sentado no sofá da sala via o clipe através da chuvisqueira que era a MTV na tv da minha casa, todas essas situações com altas cargas emocionais vem somadas e mutiplicadas na escuta de discos daquela época. O resultado é que, se a música já era considerada boa naquela época, para ela sempre a será . Nem que o ouvido de hoje considera ela pobre, mal tocada e simplória, não é esse lado racional de julgar a música que está em jogo, mas a questao emocional - que, afinal de contas, é o que deveria valer quando se trata de arte, não?

Acho que agora posso dizer que entendo os revivals.

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Esse sentimento nostálgico, que ao mesmo tempo complica a minha crítica e apreciação da música que é produzida hoje por sempre comparar com àquela produzida antes, também facilita na questão do contextualizar. Quando pego para escutar um disco de bandas como Radiohead ou Raconteurs, por exemplo, o que me faz gostar delas, e até mesmo entender o porquê de seu relativo sucesso em público e crítica, é justamente o que chamarei aqui de "captar o espiríto dos nossos tempos": revisitar sons antigos com uma roupagem que absorve as características caóticas da música que se faz hoje. Algo que, na bendita academia falada no post anterior, seria quase como "fazer o dever de casa", e, a partir daí, colaborar com algo novo que só o talento de cada um pode dizer do que se trata.

Aliás, é justamente a misturança de tudo com tudo, e a quebra de preconceitos quanto à isso, que provavelmente seja a principal característica da música hoje. Recriar, reciclar, remixar com criatividade o mundo de coisa que já se produziu até aqui na música, somando à isso o talento de cada um de absorver o "espírito do nosso tempo": talvez seja essa a única máxima possível de se afirmar como regra para se fazer música relevante hoje.


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Eu comecei esse post com a fixa idéia de falar do Television (foto acima), banda que fez parte de minha adolescência a partir da leitura do Please Kill Me (Mate-me Por Favor) ainda na edição da capa laranja da editora L&PM.

Marquee Moon
é ainda uma das melhores músicas (e discos) que escutei na vida: tá ali o duelo de guitarras típico do som do Television, a melodia linda e viajante que não fazem cansar os mais de 9 minutos da música, a letra com fortes influências do estilo da poesia beat, tudo numa mistura de estilos musicais que não dá pra definir com rótulos muito claros -embora costumem considerar o Television como uma banda punk, mais pelo contexto de criação da banda (início da década de 1970, sendo que o primeiro disco, o Marquee Moon, só saiu no mítico ano de 1977) do que pelo som , que em pouquíssima coisa lembra bandas baluartes do punk como Sex Pistols, Ramones e The Clash.

Enfim, aí vai um vídeo da música Marquee Moon, em um versão ligeiramente diferente da original, lançada no disco de mesmo nome...



E See no Evil, música que abre o primeiro disco, aqui em versão ao vivo em 2002, num show com a formação clássica : Tom Verlaine (guitarra e voz), Richard Lloyd (guitarra), Fred Smith (baixo) e Billy Ficca (bateria).

(se caso não der para ver o vídeo aqui no blog, clique aqui).

Link para baixar o Marquee Moon (1977)
Link para baixar o Adventure (1978)

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P.S: Se alguém não entendeu o porquê do Television estar no livro Mate-me Por Favor, recomendo entrar aqui e comprar a versão pocket da mesma L&PM, em dois volumes. A antiga edição, em um volume só, está esgotada faz tempos.

P.S2: O nome do livro se chama Please Kill Me em homenagem à uma camiseta usada pelo primeiro baixista e vocalista do Television, Richard Hell, que saiu em 1975 para seguir em carreira solo à frente do Voidoids. Hell é, talvez, o símbolo original do punk, menos famoso porém mais original que o símbolo mais conhecido do movimento, Sid Vicious. É dele um dos maiores clássicos da época: Blank Generation, ou "geração vazia", nome do primero disco da banda, o desta capa aqui.

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10.07.2008

Back to the blog

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Tive uns dias afastado da possibilidade de atualização do blog, principalmente devido a uma série de compromissos acadêmicos estressantes que me consumiram por mais tempo que o desejado. Ficava tanto tempo em frente ao computador envolvido com essas coisas que, quando tinha folga, o que menos queria era ver um computador na minha frente.

Além de estressantes, eram compromissos um tanto quanto inúteis, se não estivesse falando do mundo a parte que é a chamada "academia", com todas as suas regras esdrúxulas e massacrantes. Mas isso não vem mais ao caso, até porque no momento estou indissociavelmente ligado à este pequeno mundo, então...

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Durante esse tempo ausente - a última atualização faz 11 dias, quase um recorde no blog - muita coisa aconteceu. Boa parte dessas "muitas coisas" me fizerem querer postar algo no blog. Mas como hoje essas coisas já estão até velhas, vou resumi-las em algumas poucas linhas. Talvez até escreva mais à respeito no decorrer da semana.




O post que fiz em homenagem ao Fausto Wolff ganhou a primeira página do O Lobo, "O Pasquim de Fausto Wolff e amigos". Valeu Scharlau pelo comentário e indicação, e aos que comentaram no post, como a Thaís, o Ben-Hur e o David Santos.




Um dos raros que frequentam esse blog e comentam sobre ele, mesmo que via msn, o Marcelo De Franceschi me falou de um vídeo que a Converse fez sobre os 100 anos do All-star. Como um dos caras que participam do vídeo é o Julian Casablancas do Strokes, ele me sugeriu como gancho também falar do trabalho da banda nova do Rodrigo Amarante, a Little Joy, que tem a participação de outro stroke, o baterista semi-brasileiro Fabrízio Moretti. Não consegui falar nem de um, nem de outro. Mas a Elisa, colega de profissão e de blogosfera, fez um comentário sobre o vídeo e o tênis.



E sobre as músicas da Little Joy, muito se comentou na blogosfera. Quase sempre, tendo como contraponto às opiniões sobre o disco do Marcelo Camelo, recém lançado. Falou-se que as músicas novas do trabalho do Amarante dão de relho nas do Camelo. Eu já não concordo muito não, mas gostei um monte das faixas que tão no Myspace deles - principalmente a Brand New Start, grudenta e muito agradável de se ouvir. Mas o Matias escreveu um post mais interessante que esse meu, então, se quiserem, façam suas próprias comparações entre os novos trabalhos dos dois ex-hermanos.



De álbum novo também tá o Oasis, "Dig Out Your Soul", esse da capa acima.

Hoje em dia não escuto mais a banda, pelo menos não tanto quanto em meados da década passada. Foi a 2º banda de quem comprei disco, depois do Pearl Jam. O escolhido na época foi o Be Here Now, que nem é considerado um dos melhores discos do Oasis, mas é o que me apresentou a banda e como tal sempre vai ter um lugar entre os melhores para mim. Para se ter uma idéia, na época eu nem sacava ainda das onipresentes referências aos Beatles, como na "nave amarela" do hoje clássico clipe de All Around the World, uma das poucas músicas em inglês que até hoje me lembro da letra. Dá uma olhada :


Mas dizem que o disco novo tá bem "diferente", que tem mais composições do Liam (vocalista, irmão de Noel, este sempre o compositor principal), que tá melhor do que os dois últimos mas também não tão bom quanto os dois primeiros - o que seria pedir demais. Enfim, dizem muita coisa; melhor mesmo é ir lá no Myspace da banda e escutar o disco na íntegra, como eu vou fazer depois desse post. O que dá para dizer sem erro é que mesmo um disco ruim do Oasis é melhor que muita coisa incensada hoje.

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Atualização 8/10:

Meio que honrando sua citação no post acima, o Marcelo tratou de colocar os links para download do novo disco do Oasis, bem como de um disco bônus, nos comentários desse post. Para facilitar, os links são esses aqui abaixo:

Link do novo do Oasis - CD bonus.

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