12.20.2007

Chris Cornell live in Brazil

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Crédito Foto: Renato Tupã

N
esses tempos em que as notícias cobrem os acontecimentos quase no momento em que eles acontecem, já é bastante velho falar de um/dois shows que aconteceram na semana passada. Mas, dada a importância da coisa, tenho de dizer algo das duas apresentações do Chris Cornell no Brasil, a primeira quarta-feira dia 12, no Rio de Janeiro, e a segunda no dia seguinte, em São Paulo.

A crítica foi quase unânime em dizer que os dois shows foram excelentes. Não estive lá, mas pelos vídeos postados no You Tube dá para se ter uma idéia de que foram dois shows para entrar na briga dos "mellhores de 2007" no Brasil.

Em primeiro lugar porque Chris continua cantando muito; os boatos que diziam que sua voz falhava de forma constrangedora se dissuadiram rapidamente, e uma mostra do seu atual potencial vocal pode ser vista abaixo, num trechinho de "Loud Love", música do segundo disco do Soundgarden, Louder than Love, de 1989, tocada na quinta-feira dia 13, em São Paulo:


Em segundo lugar, porque a banda que acompanhava Chris era muito boa. Salvo as tentativas de querer aparecer mais do que precisavam, os quatro músicos (duas guitarras, baixo e bateria) reproduziram fielmente os arranjos orginais das músicas, notadamente das canções do Soundgarden, que foram tocadas em maior número do que as do Audioslave, última banda do vocalista.

Aliás, falando em repertório.... Esse abaixo é o do show do Rio de Janeiro.




** Foto do setlist catada no blog de Felipe Machado, do Estadão. Onde se lê "Cornell" é a parte acústica do repertório. No Rio, foram tocadas Call Me A Dog, Billie Jean, Getaway Car, Finally Forever, Wide Awake e Like a Stone. Depois de "Slaves & Bulldozers", ainda teve um medley final, como Searching With My Good Eye Closed / 4th Of July / Like Suicide / Whole Lotta Love - sim, esta última do Led Zeppelin, banda que muito influenciou o Soundgarden.


Precisa dizer que o repertório foi muito bom? Clássicos do Soundgarden - Outshined, Fell On Black Days, Rusty Cage, Black Hole Sun - faixas da carreira solo de Chris - Can't Change Me, a cover acústica de Billie Jean, do Michael Jackson, presente no seu último disco - algumas músicas do Audioslave e mais três (!) músicas - Call Me A Dog, Hunger Strike e Pushin' Forward Back - de um dos melhores discos produzidos na década de 90, o Temple of The Dog, sobre o qual já falei aqui no final de um dos últimos posts publicados.

Aqui abaixo vai um vídeo com um medley - Call Me a Dog /Preaching the End of the World/ I Am the Highway - do set acústico de Chris em São Paulo.



Algumas opiniões sobre o show:


"O show foi realmente excelente. O Cornell até que cantou bem, comparado com outras ocasiões, e a banda que o acompanha é sensacional - o baterista é um 'monstro', os dois guitarristas são ótimos e o baixista é extremamente seguro. O lance da "revoada de palhetas" foi bem divertido e o repertório foi matador..."
(Regis Tadeu, editor da revista Cover Guitarra e frequentador assíduo do programa da Luciana Gimenez na Rede TV, na comunidade da Bizz no Orkut)

"Realmente foi um bom show. E eu teria perdido se não fosse esse tópico. Slaves And Bulldozers foi um dos grandes momentos ao vivo do ano. E se em São Paulo não rolou Pushin' Foward Back como no Rio, pelo menos teve um momento para o fã do Soundgarden de carteirinha: a cavalar Loud Love, que é pré-Badmotorfinger "
(José Flávio Júnior, Veja São Paulo e Bravo, na mesma comunidade)

"Apesar de alguns momentos de tédio e clichês desnecessários (nada menos do que dois solos de bateria), Chris Cornell e sua banda conseguiram segurar a platéia. Encerraram a festa por volta de 0h10 com um épico cover de "Whole Lotta Love", do Led Zeppelin, principal referência do Soundgarden, para uma uma platéia cansada, mas satisfeita"
(Pedro Carvalho, em reportagem para o Uol)

"O cara é muito legal e desencanado (entrou de casaco, depois tirou e ficou só de jeans e camiseta preta, largadão - foto acima de Tiago Queiroz/AE). E o mais importante: o cara canta muito. Não só pelas 2h30 de agudos perfeitos, mas porque seu timbre de voz é excelente; Cornell ainda é um compositor incrível e toca violão super bem"
(Felipe Machado, em seu blog Palavra de Homem, no Estadão)

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Para ver outros vídeos do show no Rio, clique aqui e escolha. Em São Paulo,clique aqui e escolha, da mesma forma.

Ah: não posso deixar de indicar também o link para uma entrevista que Paulo Terron publicou em seu blog, With Lasers, com Chris Cornell. Aliás, Terron gravou boa parte dos trechos do show em São Paulo e postou no Youtube - incusive, o segundo vídeo aqui mostrado é ele quem fez.


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Um comentário:

Gustavo H. Hennemann disse...

Grande, Léo.

Este Cornell é bom!
Sobre teu blog, tá cada vez mais bonito. Esteticamente, é um dos mais melhores que conheço. Bom gosto e simplicidade. Como diz o pessoal da Arquitetura, clean!

Abraço.