1.30.2007

Os melhores álbuns do século XX (4)

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Nem Beatles, nem Beach Boys, mas ainda nos anos 60. O quarto melhor disco do século passado escolhido pela revista Rolling Stone americana é do maior artista da música popular americana:





Highway 61 Revisited é o sexto álbum de estúdio de Bob Dylan, gravado entre 15 de junho e 4 de maio de 1965, no estúdio da Colúmbia.
Dos 10 que encabeçam a lista da Rolling Stone, é o primeiro a ser lançado, seguido logo de perto do quinto lugar, "Rubber Soul, dos Beatles, que será detalhado na semana que vem.

Também conhecido por "Blues Higway", Higway 61 Revisited foi o primeiro disco de Dylan totalmente gravado junto de uma banda de rock, depois de experimentar o mesmo formato em algumas faixas do anterior, o também clássico Bringing It All Back Home, gravado no início do mesmo ano.

Para quem começava a construir uma carreira sólida na chamada "folk music", marcada pela tríade "voz-violão-gaita", a presença de uma banda de rock foi uma atitude pra lá de corajosa; esse vídeo, apresentado recentemente no magistral documentário sobre a vida de Dylan "No Direction Home", dirigido por Martin Scorsese, mostra a reação dúbia da platéia diante de um Dylan "eletrificado": ao final da música ("Like a Rolling Stone"), enquanto a maioria aplaude, os fãs mais puristas do folk vaiam o artista, decepcionados com a mudança de postura. Dá até para se escutar um grito de "Judas" saído de alguns mais exaltados.


O texto abaixo, reproduzido do site Mofo, traz um depoimento do produtor do disco, Bob Johnston, sobre o período de gravação o do álbum:


"Bob conseguiu desenvolver uma ótima atmosfera dentro do estúdio. Se ele achava que não estava em um bom dia, parávamos e continuávamos na tarde seguinte. Os músicos sempre o respeitaram, pois sabiam que Dylan era um dos melhores do mundo e Bob sempre utilizou isso a seu favor. E Dylan sempre foi uma pessoa que gosta de desafios. Ele não segue ninguém, ele é seguido. Quando ele faz algo, o mundo inteiro o copia. Seu método de trabalho é simples. Ele utiliza um mínimo de
overdubs e grava tudo rapidamente em poucos takes. Eu posso até passar uma semana mixando uma canção, mas a decisão final sempre será dele. Ele é um perfeccionista e não aceita uma versão boa, só a melhor. É uma das pessoas mais intensas que existe e realmente não acho que sou o 'produtor' de seus discos, mas sei que fiz o meu melhor quando ele fica com um sorriso nos lábios."


Faixas (clique em cada uma para ver a respectiva letra ou mais informações sobre a música)


Lado A

1) "Like a Rolling Stone" – 6:09
Talvez o maior clássico de Dylan, inúmeras vezes regravado e imitado. Ao contrário do que alguns imaginam, a letra não tem ligação nenhuma com o Rolling Stones (que a regravaram também), e sim com se sentir "como uma pedra rolando", uma metáfora usada por Dylan.

2) "Tombstone Blues" – 5:57
Uma letra estranha, que cita Jack O Estripador, João Batista, Paul Revere, Belle Starr, Jezebel, e, além de tudo, faz uma crítica à Guerra do Vietnã.

3) "It Takes a Lot to Laugh, It Takes a Train to Cry" – 4:05

4) "From a Buick 6" – 3:15
Fala de uma garota que cuida do "eu lírico" da letra.
"Bem, se eu cair morto/você sabe/é provável que ela coloque um lençol/na minha cama" diz a letra.

5) "Ballad of a Thin Man" – 5:55
Conta a história de Mr. Jones, um dos mais estranhos personagem criados por Dylan, provavelmente um dos mais peculiares de toda a música pop. Mr. Jones virou simplesmente um mito que nunca foi decifrado e sempre que perguntado sobre o personagem, Dylan dava uma resposta mais confusa que outra: "eu não posso dizer quem ele é ou ele me processará"; "são várias pessoas"; "alguém muito poderoso", etc..
O Mr. Jones da letra é um homem que se encontra sozinho em um quarto, nu, e que não reconhece a si mesmo.


Lado B

6) "Queen Jane Approximately" – 5:28

7) "Highway 61 Revisited" – 3:26
Fala da estrada que passa por Duluth, cidade natal do artista e que a liga ao resto do país. Através dela, faz uma metáfora da violência com textos bíblicos.

8) "Just Like Tom Thumb's Blues" – 5:28

9) "Desolation Row" – 11:21
Outra lestra bastante estranha de Dylan. Fala do Apocalipse, com inspirações no livro The Waste Land de T. S. Eliot e o poema Howl, do poeta beat Allen Ginsberg. "Eles estão vendendo cartões postais sobre o enforcamento/ Eles estão pintando os passaportes de marrom/ O salão de beleza está lotado de marinheiros/ O circo está na cidade/ Lá vem o comissário cego/ Eles o mantêm em um transe/ Uma mão amarrada/ Ao equilibrista que caminha pela corda bamba..."
São as primeiras linhas da canção que fecha um dos discos mais poderosos da história.

Duração aproximada do disco: 51:04


"A lot of great basic American culture came right up that highway and up that river," Robert Shelton told a BBC interviewer. "And as a teenager Dylan had travelled that way on radio. ... Highway 61 became, I think, to him a symbol of freedom, a symbol of movement, a symbol of independence and a chance to get away from a life he didn't want in Hibbing."


Clique aqui para baixar o álbum.
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1.26.2007

Reportagem (19): Rock britânico Made in RS

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Pública fez show concorrido em Santa Maria no último sábado, no Seattle Studio Bar.

“Romantismo melancólico deslavado e ótimas canções: Pública é the next big thing do rock gaúcho, quiçá brasileiro. Pode apostar.”

Rolling Stone Brasil, novembro de 2006.

É com toda essa bola, levantada por um crítico na seção de resenhas de discos da revista, que a Pública aportou em Santa Maria no último sábado. O abafado verão santa-mariense, como que antevendo que a noite teria um som que em nada combinaria com calor, decide dar uma trégua, deixando o clima surpreendentemente agradável, até frio – bom para os casacos leves e as camisas mais grossas, que ganham uma chance a mais de aparecer. Mas dentro do Seattle Bar não está frio, e as pessoas que vieram de casaco lamentam a escolha, porque o pouco espaço entre elas faz o suor escorrer pelas costas, encharcando a camiseta que está por baixo dos casacos. No espaço de baixo, o show da banda de abertura, a santa-mariense Sonnets, começa, e o suor agora ganha um ventinho que, aos poucos, o seca: é o som da banda movimentando o corpo e funcionando como um improvável ar-condicionado sonoro. Como muitas das pessoas presentes ainda estão no andar de cima, o espaço de baixo não está lotado, tendo lugar suficiente até para uma roda-punk, o que aqui não é o caso: do nome ao visual, passando logicamente pelo som, a Sonnets é britpop, um rock’roll calmo - mas nem por isso menos empolgante e até dançante - calcado em bandas britânicas como Oasis, The Verve e o pai de todos, os Beatles.




A santa-mariense Sonnets, que trouxe a Pública e abriu o show.


Nem bem meia hora depois do fim da Sonnets (que tocou sua primeira música composta em português), começa o show da Pública. Diego de Grandi, o vocalista/guitarrista da banda santa-mariense e, como reconhecem os próprios caras da Pública, o grande responsável pela vinda deles à Santa Maria, apresenta a banda que, sem muita demora, já sai tocando. O espaço lota, o suor aumenta, e dessa vez não há refresco: o som da Pública não é do tipo de fazer sair dançando, o que não é demérito nenhum. Pelo contrário, é uma música mais calma, de contemplação, de fazer quem escuta prestar atenção em como o teclado vintage (a cargo de João Amaro) casa bem com as duas guitarras (“Guri” Assis Brasil e Pedro Metz, também vocalista), de como o baterista (“Cachaça”) usa muito bem um toque “dançante” no instrumento, muitas vezes comandando as viradas das músicas. Pena que o vocal está baixo: em algumas faixas mal se escuta as letras reflexivas e por vezes melancólicas compostas por Pedro.

_ Toca Long Plays!!, gritam pessoas da platéia, repetidas vezes. Como não poderia deixar de ser, o pedido é atendido, e a música mais conhecida da banda empolga: “Já comprei todos Long Plays/dos artistas que você sempre gostou/mas mesmo assim eu ainda estou só!”, com o “só” ecoando por um tempo, como um mantra que parecia dizer o contrário: ligados pela música ou pelas lembranças que a letra romântica/nostálgica poderia trazer, ninguém ali realmente estava só.


O guitarrista Guri, o vocalista/guitarrista Pedro Metz e o tecladista João Amaro, (ao fundo) , da Pública, em momento contemplação de seus instrumento



Pouco mais de uma hora e três canções inéditas (que vão estar presentes no sucessor de “Polaris”, primeiro disco da banda) depois, a Pública encerra o show como começou, sem muita cerimônia. “Let it be”, dos Beatles, puxado pelo tecladista João Amaro, o baixista Guilherme Almeida e o anfitrião santa-mariense Diego tenta dá uma sobrevida ao show, mas não consegue. Acabou mesmo a passagem por Santa Maria da next big thing do rock gaúcho/brasileiro.


Contatos
Sonnets : Blog da banda ou My Space
Pública: Site Oficial ou My Space



-Jornal A Razão, 25 de janeiro de 2007-



P.S: Como vocês devem ter percebido, o Blogger evoluiu. Agora dá para alinhar o texto, mexer no tamanho das fotos, aumentar/diminuir o tamanho das letras, entre outros recursos crocantes que só vem a tornar o blog mais bonito e apresentável. E sabe quem é o responsável por isso? O Google. Sim, sempre ele, que agora comprou o site e, como de praxe, melhorou os serviços.

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1.23.2007

Os melhores álbuns do século XX (3)

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E o terceiro lugar da lista é novamente dos
Beatles: "Revolver".
Para não deixar dúvida de quem foi "a" banda do século XX.







Gravado e lançado em 1966, logo após daquele que é marcado como a grande "virada" da carreira da banda, Rubber Soul, "Revolver" é onde essa mudança ganha contornos claros e consistentes: seja no timbre mezzo "psicodélico" das guitarras de George e John, nas baladas piano, voz e arranjo orquestral límpido de Paul McCartney, ou, principalmente, nas letras maduras e mais complexas de John, a dita "evolução" está em cada uma das 14 músicas do álbum.

Aqui abaixo, o comentário sobre cada faixa, retirado do site www.getback.com.br, o melhor site brasileiro sobre a banda.


Lado A

TAXMAN ( Harrison )
Gravada em 21, 22 de Abril, 16 de Maio 1966
Pela primeira vez uma música de George abre um disco dos Beatles. Apesar de George estar entrando numa fase transcedental, a letra da música fala exclusivamente sobre impostos e taxas ( que na época levavam um bom pedaço do que os Beatles ganhavam ). George canta, e, ironicamente, apesar da música ser dele, é o baixo de Paul sua principal característica. Mais irônico também é o fato de Paul tocar a guitarra solo, e não George.

ELEANOR RIGBY ( Lennon/McCartney )
28, 29 de Abril, 06 de Junho 1966
Escrito quase na sua totalidade por Paul, é a 2ª música dos Beatles a contar apenas com um componente da banda ( Paul, que realizou a mesma proeza em 'Yesterday' ). A idéia veio de uma vitrine de loja, onde o nome 'Daisy Hawkins' veio na cabeça de Paul, e mais tarde se transformou 'Eleanor Rigby.' Anos mais tarde foi descoberto um verdadeiro túmulo com este nome na lápide. Coincidência ou não, é outro grande sucesso na voz de Paul, lançado no mesmo ano também em single. Paul canta e 8 músicos de estúdio tocam as cordas num dos melhores arranjos de George Martin.

I'M ONLY SLEEPING ( Lennon/McCartney )
27, 29 Abril, 05, 06 de Maio 1966
Uma das primeiras letras 'viajantes' de John, que a canta. A voz de John foi acelarada na gravação para ficar com um certo ar transcedental. Outro truque de gravação foi utilizado para o solo de guitarra. O instrumento foi gravado em cima da fita ao contrário, e quando esta foi colocada no sentido normal, foi a guitarra que ficou de trás para frente. Uma grande sacada numa época em que os estúdio tinham pouco a oferecer. O solo da versão dos discos americanos difere em alguns trechos.

LOVE YOU TO ( Harrison )
11, 13 de Abril 1966
George entra de cabeça na onda hindu. Quase uma translação de um texto budista, esta música conta apenas com George na cítara e um músico indiano convidado - Anil Bhagwat na tabla. O contato de George com a cultura oriental influenciaria mais tarde o encontro dos Beatles com o Maharishi e seu retiro espiritual na Índia. Muitos grupos usariam a cítara como um instrumento constante nesta época. George canta sua 2ª música no disco.

HERE, THERE AND EVERYWHERE ( Lennon/McCartney )
14, 16, 17 de Junho 1966
Uma das mais famosas baladas de Paul e que teve inúmeras regravações. Uma melodia simples num arranjo simples, mas ambos brilhantes. Paul canta com a voz dobrada e John e George dão o suporte no backing vocal.

YELLOW SUBMARINE ( Lennon/McCartney )
26 de Maio, 01 de Junho 1966
Talvez a mais famosa música do disco, e que deu chance ao vocal de Ringo sair da obscuridade. Não dá para imaginar outro Beatle cantando esta música a não ser Ringo. Composta por Paul e John, esta música teve diversos overdubs de estúdio, como bolhas, ondas, barulhos de submarino e uma orquestra de naipes ( um luxo de apenas alguns segundos ). Vários pessoas se juntaram aos Beatles no coro final, como George Martin, Mal Evans, Neil Aspinall, Geoff Emerick e Patty Harrison. Esta música serviria mais tarde para o que viria a ser o 4º filme dos Beatles... na verdade um desenho animado: 'Yellow Submarine'.

SHE SAID SHE SAID ( Lennon/McCartney )
21 de Junho 1966
Outra música lisérgica de John. baseada num comentário do ator Peter Fonda durante uma viagem de LSD ( "Eu sei como é estar morto" ). John canta, e é uma das primeiras experimentações dele em brincar com os compassos da música, saindo de 4/4 para 3/4. Mais tarde essa seria uma das características de John em músicas como 'All You Need is Love', 'I Want You' e 'Happiness is a Warm Gun'.

Lado B



GOOD DAY SUNSHINE ( Lennon/McCartney )
08, 09 de Junho 1966
Quem mora em Londres sabe com é bom cumprimentar o sol. Uma música otimista de Paul, que canta e toca piano.

AND YOUR BIRD CAN SING ( Lennon/McCartney )
26 de Abril 1966
Outra música misteriosa de John. Apesar de John ter confessado nunca ter gostado desta música, ela é brilhante. Muito se dá pelo solo em dobro da guitarra de George. John canta com Paul e George fazendo a 2ª voz.

FOR NO ONE ( Lennon/McCartney )
09, 16, 19 de Maio 1966
Além de Paul, apenas outro Beatle toca nessa balada - Ringo, na bateria. Paul por sua vez canta, toca baixo, piano e um cravo emprestado por George Martin. Alan Civil, um músico da filarmônica de Londres toca o 'French Horn'. Outra famosa música de Paul, com arranjo de George Martin.

DOCTOR ROBERT ( Lennon/McCartney )
17, 19 de Abril, 06 1966
Composta praticamente por John com uma certa ajuda de Paul, a música fala de um 'certo´Doutor que receitava certas pipulas' para 'certos clientes. Nesssa época de drogas, qualquer semelhança não tem nada de conicidência. John canta.

I WANT TO TELL YOU ( Harrison )
02, 03 de Junho 1966
O único disco dos Beatles a conter 3 composições de George Harrison ( com exceção do 'white album', que é duplo ). George canta e o piano é tocado por Paul. George possui um certo orgulho do acorde E, com nota em fá, praticamente inventado por ele e mais tarde copiado por John Lennon em ' I Want You-She´s So Heavy'

GOT TO GET YOU INTO MY LIFE ( Lennon/McCartney )
08 ,11 de Abril. 18 de Maio, 17 de Junho 1966
Mùsica de Paul inspirada nas músicas negras da gravadora 'Motown'. 5 músicos de estúdios tocam os sopros - Ian Hammer, Les Cordon, Eddie Thornton, Alan Branscombe e Peter Coe. Paul usaria esta música como abertura de seus shows com o 'Wings' em 1979. Paul canta.

TOMORROW NEVER KNOWS ( Lennon/McCartney )
06, 07, 22 de Abril 1966
A primeira música a ser gravada para o disco 'Revolver' é também a mais 'revolucionária'. Mais uma viagem psicodélica de John com letra inspirada no livro tibetano dos mortos. Naquela época Paul e John viviam a busca de sons novos, e numa brincadeira de picotar e colar aleatóriamente fitas de gravação, conseguiram todos os efeitos e barulhos que se ouvem durante toda a música. Perceba o clima de transe na bateria de Ringo, na tamboura e no único acorde em dó que foi a base de toda a música. A voz de John foi alterada em um speaker Leslie para dar o efeito de um monge falando do alto de uma montanha.... bom, pelo menos era o que John queria. O fechamento ideal que abriria o apetite para o disco que viria a seguir: 'Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band'.


O disco foi produzido pelo fiel escudeiro George Martin e lançado em 5 de Abril de 1966 no Reino Unido, três dias depois nos Estados Unidos e em 15 de Abril no mundo todo.


*Baixe Revolver aqui.*


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1.19.2007

Reportagem (18): E o disco virou literatura

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Coleção Mojo Books lança livros virtuais baseados em discos clássicos do rock’roll



Que a música, e um disco em especial, podem criar várias “imagens” em quem escuta não é novidade para ninguém; basta por um som alto, prestar atenção na letra, nas nuancias de cada instrumento, que as imagens correspondentes já são criadas em nossa cabeça. Agora, transformar essas imagens em palavras e, melhor ainda, em histórias de ficção, não é tarefa das mais fáceis – pela grande quantidade de imagens que se criam, torna-se até difícil organizá-las em formato de uma história coerente, com início, meio e fim. Pois foi partindo dessa idéia que o pessoal da revista virtual Speculum resolveu criar a coleção Mojo Books.


Lançado em dezembro do ano passado, o projeto funciona da seguinte forma: a cada mês, um autor convidado conta uma história de ficção baseada em um álbum clássico do rock’roll. Por vezes, as imagens ditam o ritmo, o ambiente e até parte dos personagens da narrativa; por outras, dão apenas o “tom” para que o autor crie a partir dali. O primeiro lançamento da coleção foi “Black Celebration” (foto), do Depeche Mode, contado por Danilo Corci, também editor da coleção. Como não poderia deixar de ser em se tratando de Depeche Mode, a história tem um tom bastante “soturno”, que, afinal, é a imagem mais “visível” quando se escuta alguma música da banda.


O segundo da coleção é “Technique”, do New Order.





Escrita por Ricardo Grasseti, a história passeia pos dúvidas existenciais e sexuais do protagonista Johnny, que não sabe se gosta de sua namorada ou se tem interesse por outros homens.
A coleção segue ainda com , “In It for the Money”, do Supergrass, por Delfin...






#1 Record”, do Big Star, por Luiz Cesar Pimentel...





e o clássico “Revolver”, dos Beatles, contado por Jota Wagner.



Veja o primeiro parágrafo deste último:

"
Eu acordei na praia. Ao meu lado, uma menina, sete casas de surfista e montanhas muito altas. O dia estava ensolarado, mas escuro. Estava quente e fresco, e as montanhas eram escuras e muito altas. Fiquei feliz e bastante intrigado por estar numa praia tão linda ao lado de uma menina, sendo que eu não sabia que lugar tão sensacional era aquele. Ela me olhava com simpatia e amizade, meu coração bateu forte; ela era legal demais. Os surfistas estavam por ali, mas a praia nem tinha onda. O mar era calmo e escuro como o dia e como as montanhas e como tudo o mais. Tudo escuro. Deitado no colchão inflável perto das pedras, olhando as montanhas, eu tinha vontade de chorar de felicidade e angústia. Ah, a menina estava sentada na pedra.
— Que praia é esta?
Não me lembro da resposta. Ela respondeu, mas não me lembro. Ela também me falou em que lugar do mapa a gente estava. As casas de surfistas eram pequenas e de madeira, e giravam apoiadas sobre uma base de ferro.

"

O resto do livro pode ser lido aqui, seguir algumas instruções, e receber o link para o arquivo que contém o texto em formato PDF. Como são histórias pequenas – em média 30 páginas - leves, recheadas de referências pop, a leitura na frente da tela do computador não chega a cansar. Mas caso queira ler em outro lugar, o leitor pode imprimi-lo – o livro sairá no exato formato de uma caixinha de CD.

Os lançamentos para este ano prevêm ainda “Thriller”, do Michael Jackson, “Pet Sounds”, dos Beach Boys, “Doolitle”, dos Pixies, entre outros discos conhecidos.


- Jornal A Razão, 18 de janeiro de 2007 -


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1.16.2007

Links novos

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Fazendo monografia sobre blogs é isso.
De tanto estudar e ler a respeito, me dei conta de algo que já deveria ter parado pra pensar: a grande importância que os links tem para um blog. Como forma de me redimir, resolvi dar uma passada em blogs relacionados ao assunto música e Santa Maria (que são muitos), e coloquei alguns destes aqui do lado.
Em breve terão mais.

Eles estão divididos em três blocos: revistas e portais de música, blogs de jornalistas que escrevem sobre música e blogs de amigos e conhecidos, com temas variados.

Hoje vai uma breve explicação de cada um dos links do bloco Revistas e Portais:

Jornal A Razão : jornal de Santa Maria, o mais antigo da cidade (fundado em 1934). Desde meados do ano passado faço a página 3 do caderno Teen, que sai às quintas-feiras. Essa página é a base do conteúdo que coloco na quinta/sexta aqui no blog.

Dynamite : Revista de música com sede em São Paulo. Não é muito conhecida aqui pelo sul, mas faz um trabalho um pouco mais independente que as grandes revistas. O site traz notícias atualizadas sobre o mundo musical, com uma inclinação para o rock indie.

Bizz: A mais tradicional revista de música do país tem um site muito interessante, cheio de produtos audiovisuais e recursos de interatividade. Depois de uma parada, a revista voltou à atividade em meados no final de 2005.

Rock Press: Outra revista musical brasileira, essa mais "alternativa", com um site cheio de links e colunas para a música - preferencialmente o rock - praticado em todos as regiões do Brasil.

Rolling Stone: Como a versão brasileira da revista ainda não tem um site decente, esse é o link para o site da edição da matriz americana. Assim como na maioria das revistas musicais, o site é mais do que uma mera transposição do conteúdo da revista: é um portal, com informações atualizadas, vários recursos audiovisuais e de arquivo e muitas imagens. Em inglês.

NME: Tradicional revista semanal de música da Inglaterra. É a campeã de lançar bandas novas e criar hypes em cima destas. O site tem informações novíssimas, bom para quem quer ficar atualizado sobre o que acontece no mundo da música. Em inglês.

All Music: Bíblia do meio musical. Dá para encontrar de tudo e de todos artistas. Em inglês.

Scream & Yell: Portal brasileiro que trata de música, literatura, internet, cinema e outras áreas do jornalismo cultural. Textos excelentes, boas resenhas e dicas de várias bandas/filmes/blogs interessantes.

Whiplash: Site brasileiro que trata de vários estilos de música, com um pouco mais ênfase ao metal. Traz notícias atualizadas, curiosidades, resenhas, letras de músicas, dentre outors conteúdos.


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1.14.2007

Os melhores álbuns do século XX (2)

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Dando sequência a série começada na semana passada, desta vez o álbum é "Pet Sounds", dos Beach Boys, o segundo melhor do século XX, segundo a revista americana Rolling Stone.






Reza a lenda que Pet Sounds foi a resposta americana ao álbum "Revolver", dos Beatles, de 1966. Brian Wilson, o líder do grupo, ficou tão encantado com o disco dos ingleses que botou na cabeça que conseguiria fazer um disco melhor. Trancou-se no estúdio, deixando o resto da banda fazendo shows, e compôs praticamente sozinho "Pet Sounds". E por mais árdua que parecesse a tarefa inicial, ele conseguiu cumprí-la - realmente, "Pet Sounds" é considerado melhor que "Revolver", inclusive por essa lista da Rolling Stone, que colocou o álbum dos Beatles logo depois, em 3º. E ainda fez mais: o 1º lugar da lista,"Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", foi claramente influenciado por Pet Sounds, com o próprio Paul McCartney assumindo a influência.
Mesmo que não houvesse uma rivalidade formal - como a mídia fez para os Beatles e os Rolling Stones, por exemplo - Beatles e os Beach Boys acabaram sendo um pouco responsáveis pelas melhores obras uns dos outros.


_ Quem quiser pode ver o texto da Rolling Stone original, publicado nessa edição especial com os melhores do século XX, clicando aqui.

_ Logo abaixo, vai o texto do jornalista Sérgio Barbo publicado na Bizz, na seção Discoteca Básica.


"

Era o começo dos anos 60 e os Estados Unidos viviam o seu apogeu. A California era o estado mais rico da nação, um dos melhores lugares do mundo para se viver, e os Beach Boys eram os reis da surf music. Apesar de mal saberem nadar - só o baterista Denis Wilson era surfista - nunca uma banda foi tão associada a um estilo musical como os Beach Boys. A despeito de nunca ter pisado numa prancha de surf, ninguem escrevia temas ensolarados sobre o mar da Costa Oeste, garotas e dragsters velozes melhor do que Brian Wilson.

Além dele e Dennis, compunham a formação original o irmão caçula dos Wilson, Carl (guitarra), o primo Mike Love (vocais) e o amigo Al Jardine (guitarra). Vendendo milhares de cópias e combatendo a invasão britânica nas paradas americanas, eles viraram até orgulho nacional.

Mas isso durou até 65. No ano seguinte a igenuidade da era dourada do rock'n'roll havia acabado. A guerra do Vietnã era iminente, a liberação sexual tornava-se realidade e o psicodelismo despertava. Quando Brian Wilson resolveu parar de falar do sol da Califórnia e começou a dissertar sobre angústias existenciais, os fãs e a crítica estranharam, mas a história do rock mudou para sempre. Rompendo com o rock'n'roll fácil dos primórdios e fortemente influenciado pelo álbum Rubber Soul, dos Beatles, o multi-instrumentista Brian criou um dos mais importantes discos de todos os tempos, "Pet Sounds". O trabalho influenciou diretamente outra obra-prima - "Sgt. Pepper's". Ambicioso e perfeccionista, o mentor dos Beach Boys queria fazer arte e não apenas pop songs, almejando produzir o melhor álbum já feito, buscando inspiração no coração, na alma e até em Deus - já que para ele a música era voz divina. Mesmo com os parcos recursos da época , o resultado foi uma obra requintada e barroca com intrincadas hamonias vocais, arranjos complexos e sutis e escalas inusitadas.

As gravações do disco incluíram efeitos inventivos com vozes, sons de animais, buzinas, trens e também percussão exótica - no caso, garrafas vazias de Coca-Cola e latas de sorvete. Além disso, "Pet Sounds" marcou pelo uso pioneiro do sintetizador em "I Just Wasn't Made For These Times". As transformações prosseguiam: as letras - com a colaboração do compositor Tony Asher - falavam sobre amor e esperança (em "Wouldn't It Be Nice"), misticismo ("God Only Knows", canção preferida de Paul McCartney) e a perda da inocência ("Caroline No"). Pets Sounds é um trabalho precursor e conceitual, mas acessível. Alternando dor e alegria, mescla melodias pop e emocionais com faixas orquestrais e - por que não dizer? - progressivas.

Atingido a ápice criativo, os Beach Boys ainda ameaçaram fazer mais um álbum capital - o abortado "Smile", que nunca foi terminado devido a problemas pessoais de Wilson. Daí para frente, o envolvimento com drogas ocasionou a decadência do grupo. Mas a lenda dos "Garotos Da Praia" já estava firmada. Que o digam Ramones, Jesus and Mary Chain, Pixies etc.




Dados técnicos:

Lançamento: 1966
Produção: Brian Wilson.
Faixas:

"Wouldn't It Be Nice"
"You Still Believe In Me"
"That's Not Me"
"Don't talk (Put Your Head On My Shoulder)"
"Lets Go Away For Awhile"
"Sloop John Be"
"God Only Knows"
"I Know There's An Answer"
"Here Today"
"I Just Wasn't Made For These Times"
"Pet Sounds"
"Caroline No"


O álbum dos "Sons de Estimação" de Brian Wilson atingiu o 10º lugar nas paradas. As sessões de gravação ainda incluíram "Good Vibrations" - que rendeu um compacto de ouro aos BB. A música acabou entrando em "Smiley, Smile" (67), que aproveitou faixas do lendário e inacabado "Smile*". A reeedição em CD de Pet Sounds acrescentou três faixas bônus: "Unreleased Backgrounds", "Hang On To Your Ego" e "Trombone Dixie".


* Um parêntese : o dito abortado "Smile" foi finalmente lançado no final do ano passado, como um álbum solo do Brian Wilson. E se não é tão bom quanto o "Pet Sounds", é quase.



Aqui vai o link para baixar Pet Sounds.


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1.11.2007

Vestibular

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Principalmente para quem não conhece Santa Maria, aí vai um texto que publiquei no jornal ontem sobre essa "mutação" que ocorre na cidade durante a semana do vestibular da UFSM (que é a primeira universidade federal do interior do país, daí muito do prestígio dela):

"
É tarefa difícil para alguém que esteja em Santa Maria nesta semana não querer ouvir falar do vestibular da UFSM. Pela manhã, nas ruas do centro ou próximas a algum local de prova, o movimento incessante é de estudantes com garrafinhas d’água e algum papel na mão voltando para suas casas depois de algumas horas realizando a prova. À tarde, são os aulões dos cursinhos pré-vestibulares que fazem os estudantes enfrentarem o calorão do meio da tarde em busca de dicas para a próxima prova. À noite, a aglomeração de pessoas é em torno dos bares e praças do centro da cidade (que a cada dia ganham mais desistentes precisando de um “consolo” etílico). Se a pessoa ainda não saiu de casa e viu alguns desses movimentos, basta ligar o rádio ou a TV nas emissoras locais, que, sem exceção, tratam do vestibular como a pauta principal da semana, inclusive fazendo coberturas extras e contratando novos repórteres.

Mas para os que não estão fazendo as provas da UFSM,e também para os que estão, há atrações especiais na cidade. Na praça Saldanha Marinho, a Prefeitura Municipal montou um palco que, desde terça-feira, está abrigando shows de diversas bandas de Santa Maria e região - sempre começando depois das 19h, quando o sol dá uma trégua. No campus da UFSM, grupos teatrais divertem os vestibulandos e os pais, amigos e namorados que os acompanham.

Hoje, terminadas as provas, há ainda as tradicionais festas de fim do vestibular, que aproveitando o grande movimento na cidade, trazem boas atrações para os palcos locais, caso deste ano de Nenhum de Nós e Ultramen. Veja abaixo algumas das atrações para hoje em Santa Maria:

Praça Saldanha Marinho
(a partir das 19h)

19h00 – Banda Estação Restrita
19h30 – Banda Polimorfia
20h00 – Banda Galaxi Blue
21h00 – Rastro de Sol

Festas

E Agora?
Palco principal: Banda Nenhum de Nós e DJ Fina (Ibiza).
Palco pagode: Dj Márcio Simon, bandas Conversas Fora e Na Blitz
Pista Eletrônica: Xande Poerschke, Seco Mânica, Márcio Miraihl, Taele e Fefo.
Local: Centro Desportivo Municipal, 23h.

Tá e Aí?
Show com a banda Ultramen.
Centro de Eventos da UFSM (campus).

Boate do DCE
A partir das 24h.
Vestibulandos com comprovante e Identidade não pagam. Universitários com carterinha de qualquer universidade também não pagam.


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1.08.2007

Os melhores álbuns do século XX (1)

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Dando continuidade ao post de 21 de Novembro sobre os melhores álbuns do século XX segundo a revista Rolling Stone americana, vou começar a disponibilizar para download, toda a semana, os discos que encabeçam a lista destes melhores.


O dessa semana é Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, o primeiro da lista.





Gravado pelos Beatles entre o final de 1966 e o início de 1967, Sgt Peppers é considerado o ápice da carreira da banda, uma inusitada (para dizer o mínimo) mistura de rock'roll, psicodelia, música clássica, experimentalismo e tudo o mais que os fab four magistralmente conseguiram juntar e transormar em música.
Aqui abaixo, o comentário sobre cada faixa, retirado do site www.getback.com.br.

Lado A


1 - SGT PEPPER´S LONELY HEARTS CLUB BAND ( Lennon/McCartney )
Gravada em 01,02 de Fevereiro, 03, 06 de Março 1967
Paul compôs a música e divide os vocais com John e George. Tomada como uma introdução de todo o disco, tem barulhos de platéia como se fosse uma apresentação ao vivo. A faixa foi gravada já com o intuito de junção com a próxima música, apresentada como sendo de um tal de 'Billy Shears'.

2 - WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS ( Lennon/McCartney )
29, 30 de Março 1967
Chamada originalmente de 'Bad Finger Boogie', esta música foi composta por John e Paul. Não é o tal 'Billy Shears' quem canta, mas o próprio Ringo, com uma pequena ajuda dos amigos. Com alguns significados secretos, a música foi tomada como alusão as drogas e fez grande sucesso na voz de Joe Cocker no festival de Woodstock. Paul toca piano.

3 - LUCY IN THE SKY WITH DIAMONDS ( Lennon/McCartney )
01, 02 de Março 1967
John tirou a idéia da música de um desenho de seu filho Julian, que mostrava uma amiguinha da escola chamada Lucy, no céu com diamantes ao lado. Mais tarde, foi dito que a música era uma alusão direta as drogas, tanto pela letra surreal como pelas inicias das palavras 'Lucy, Sky e Diamonds', que formariam LSD. Mesmo desmentida por John, essa história dá pano para a manga até hoje. John canta e Paul além da 2ª voz e baixo, toca um cravo modificado. Em 1974 Elton John faria sucesso com a regravação da música, com a participação do próprio John.

4 - GETTING BETTER ( Lennon/McCartney )
09, 10, 21, 23 de Março 1967
Baseada em um comentário de Jimmy Nicol, baterista que substituiu ringo brevemente numa excursão de 64, quando este ficou doente, Getting Better foi composta por Paul, com participação de John nos contracantos. Além dos intrumentos normais, Ringo toca bongôs, George uma tamboura ( intrumento indiano ) e Paul, piano, além de cantar.


5 - FIXING A HOLE ( Lennon/McCartney )
09, 21 de Fevereiro 1967
Música de Paul, que a canta. Pela primeira vez os Beatles gravaram uma música em outro estúdio em Londres, que não foi o Abbey Road. A base da música foi gravada em Regent Sound, pois Abbey Road no dia não tinha vaga, mesmo para os Beatles. Paul toca cravo.

6 - SHE´S LEAVING HOME ( Lennon/McCartney )
17, 20 de Março 1967
Paul escreveu a base da música, e John contribuiu com o contracanto. Baseada na história de uma menina que foge de casa, esta música não contou com nenhum Beatle na parte instrumental. Mike Leander regeu os violinos, os celos e a harpa. Apenas Paul e John cantam.

7 - BEING FOR THE BENEFIT OF MR KITE ( Lennon/McCartney )
17, 20 de Fevereiro, 28, 29, 31 de Março 1967
John Lennon praticamente tirou toda a letra da música em um cartaz, que comprou em Kent, enquanto filmava o clip de 'Strawberry Fields'. O cartaz falava sobre um antigo circo pertencente a um certo Mr. Kite. John Lennon confessou que compôs a música só para preencher sua cota de faixas em Sgt. Pepper. Os ruídos estranhos ouvidos no meio são obtidos por pedaços de fita de aúdio picotadas e coladas aleatóriamente.

Lado B


8 - WITHIN YOU WITHOUT YOU ( Harrison )
15, 22 de Março, 03, 04 de Abril 1967
George compôs esta música em um harmonium praticamente em cima do acorde Dó. Além de George, que canta, nenhum outro Beatle participou da gravação. George toca cítara e alguns músicos indianos tocam dilruba, tamboura e tabla. 3 celos e 8 violinos são incluídos sob a regência de George Martin. Sendo a única música de George no disco ( a outra gravada, 'Only a Northern Song', foi rejeitada ), Within You Without You termina com risadas. Muita gente achou que eram os outros Beatles rindo do orientalismo de George, mas o final foi idéia dele mesmo... para alegrar um pouco.

9 - WHEN I´M SIXTY-FOUR ( Lennon/McCartney )
06, 08, 20, 21 de Dezembro 1966
Composta boa parte durante os dias do Cavern, esta música de Paul foi feito como homenagem a seu pai. Foi a primeira música a ser gravada para o disco, no final de 1966, junto com 'Strawberry Fields' e 'Penny Lane'. Paul canta e toca piano. John toca a guitarra solo. Músicos de estúdio tocam os 3 clarinetes.

10 - LOVELY RITA ( Lennon/McCartney )
23, 24 de Fevereiro, 07, 21 de Março 1967
Outra música de Paul, desta vez em homenagem às guardas de trânsito. Paul canta e toca piano. O solo de Piano Honky Tonk é feito por George Martin. Os estranhos sons ouvidos são de um papel soprado sobre um pente.

11 - GOOD MORNING GOOD MORNING ( Lennon/McCartney )
08, 16 de Fevereiro, 13,28,29 de Março 1967
John tirou a idéia desta música de um comercial de sucrilhos, que viu na TV. John canta e Paul faz o solo de guitarra. Os trombones e saxes são dos membros do grupo Sound Incorporated. Vários sons de animais, como galinhas, gatos, leões, elefantes e até uma caçada a raposa são incluídos no final, das fitas da EMI.

12 - SGT. PEPPER´S LONELY HEARTS CLUB BAND - REPRISE ( Lennon/McCartney )
01 de Abril 1967
Pela 1ª vez os Beatles reprisam uma música. Esta versão é menor e mais pesada do que a primeira e serve como uma ligação para a música que viria a seguir. Paul canta com John e George.

13 - A DAY IN THE LIFE ( Lennon/McCartney )
21 de Abril 1967
Provavelmente o ponto alto do disco. John tirou a idéia da música de uma notícia de jornal sobre os buracos em Lancashire ( como todas as outras desse disco, John buscou inspiração em alguma coisa... desenho, poster, comercial - mas essa música pode-se tomar como base as viagens alucinógenas mesmo ). O trecho do meio é praticamente uma outra música, sugerida por Paul, que o canta. Além dos instrumentos dos Beatles, 40 músicos de estúdio fizeram a parte da orquestra, num crescente ensurdecedor. Um despertador disparado por Mal Evans pode ser ouvido, e no final da canção, após o toque final de piano a 8 mãos que ressoa por quase um minuto, há a famosa frequência aguda que só os cães conseguem ouvir
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O disco foi produzido por George Martin e lançado em 1 de junho de 1967.


Clique aqui para baixar.
O álbum está compactado, no Winrar.


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1.05.2007

Notas (9)

Por vezes parece piada, mas por outras parece algo tão estranho que se torna até normal, vindo de onde vêm.

Então,
Essa é a notícia, tirada do site do Terra e com algumas adaptações minhas.



Vaticano vai produzir uma "ópera-rock"

O Vaticano planeja patrocinar uma "ópera-rock" baseada no clássico poema de Dante Alighieri, A Divina Comédia, segundo informou o jornal britânico The Independent. De acordo com o jornal, a adaptação da obra do poeta italiano teria uma trilha sonora feita por um padre liberal, o monsenhor Marco Frisina. A trilha sonora alternaria estilos de acordo com o momento do poema, com rock sendo usado no Inferno, canto gregoriano no Purgatório e música clássica para o Paraíso.

Depois de estrear em Roma no segundo semestre de 2007, em uma apresentação patrocinada pelo Vaticano e pelas duas casas do Parlamento italiano, a montagem deve viajar por diversas capitais da Europa "para chamar a atenção do grande público para a importância da obra imortal", afirmou Riccardo Rossi, diretor geral da Nova Ars, que está produzindo a ópera.

A diretora Elisabetta Marchetti está recrutando um elenco de 20 atores e cantores, 30 bailarinos, 50 figurantes e uma orquestra de 100 músicos, que devem usar cerca de 250 figurinos na montagem que tem o nome de A Divina Comédia, a Ópera, O Homem que procura o Amor. Os ensaios começam ainda neste mês e os nomes dos atores que interpretarão os principais papéis, de Dante, Virgílio e Beatriz, devem ser revelados em breve. A única confirmação é de que o papel, de Dante deve ficar com um renomado ator e cantor italiano.

A Divina Comédia, poema do poeta italiano Dante Alighieri, foi escrito entre 1308 e 1321 e é considerado uma das mais importantes obras da literatura. Dividido em 100 cantos, conta a jornada de Dante pelo Inferno, Purgatório e Paraíso para poder dividir sua experiência com a humanidade. Em sua jornada, Dante é guiado por Virgílio no Inferno e Purgatório e pela sua amada Beatriz no Paraíso.



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