Nem Beatles, nem Beach Boys, mas ainda nos anos 60. O quarto melhor disco do século passado escolhido pela revista Rolling Stone americana é do maior artista da música popular americana:
Dos 10 que encabeçam a lista da Rolling Stone, é o primeiro a ser lançado, seguido logo de perto do quinto lugar, "Rubber Soul, dos Beatles, que será detalhado na semana que vem.
O texto abaixo, reproduzido do site Mofo, traz um depoimento do produtor do disco, Bob Johnston, sobre o período de gravação o do álbum:
"Bob conseguiu desenvolver uma ótima atmosfera dentro do estúdio. Se ele achava que não estava em um bom dia, parávamos e continuávamos na tarde seguinte. Os músicos sempre o respeitaram, pois sabiam que Dylan era um dos melhores do mundo e Bob sempre utilizou isso a seu favor. E Dylan sempre foi uma pessoa que gosta de desafios. Ele não segue ninguém, ele é seguido. Quando ele faz algo, o mundo inteiro o copia. Seu método de trabalho é simples. Ele utiliza um mínimo de overdubs e grava tudo rapidamente em poucos takes. Eu posso até passar uma semana mixando uma canção, mas a decisão final sempre será dele. Ele é um perfeccionista e não aceita uma versão boa, só a melhor. É uma das pessoas mais intensas que existe e realmente não acho que sou o 'produtor' de seus discos, mas sei que fiz o meu melhor quando ele fica com um sorriso nos lábios."
Faixas (clique em cada uma para ver a respectiva letra ou mais informações sobre a música)
Lado A
1) "Like a Rolling Stone" – 6:09
Talvez o maior clássico de Dylan, inúmeras vezes regravado e imitado. Ao contrário do que alguns imaginam, a letra não tem ligação nenhuma com o Rolling Stones (que a regravaram também), e sim com se sentir "como uma pedra rolando", uma metáfora usada por Dylan.
2) "Tombstone Blues" – 5:57
Uma letra estranha, que cita Jack O Estripador, João Batista, Paul Revere, Belle Starr, Jezebel, e, além de tudo, faz uma crítica à Guerra do Vietnã.
3) "It Takes a Lot to Laugh, It Takes a Train to Cry" – 4:05
4) "From a Buick 6" – 3:15
Fala de uma garota que cuida do "eu lírico" da letra.
"Bem, se eu cair morto/você sabe/é provável que ela coloque um lençol/na minha cama" diz a letra.
5) "Ballad of a Thin Man" – 5:55
Conta a história de Mr. Jones, um dos mais estranhos personagem criados por Dylan, provavelmente um dos mais peculiares de toda a música pop. Mr. Jones virou simplesmente um mito que nunca foi decifrado e sempre que perguntado sobre o personagem, Dylan dava uma resposta mais confusa que outra: "eu não posso dizer quem ele é ou ele me processará"; "são várias pessoas"; "alguém muito poderoso", etc..
Lado B
6) "Queen Jane Approximately" – 5:28
7) "Highway 61 Revisited" – 3:26
Fala da estrada que passa por Duluth, cidade natal do artista e que a liga ao resto do país. Através dela, faz uma metáfora da violência com textos bíblicos.
8) "Just Like Tom Thumb's Blues" – 5:28
9) "Desolation Row" – 11:21
São as primeiras linhas da canção que fecha um dos discos mais poderosos da história.
Duração aproximada do disco: 51:04
"A lot of great basic American culture came right up that highway and up that river," Robert Shelton told a BBC interviewer. "And as a teenager Dylan had travelled that way on radio. ... Highway 61 became, I think, to him a symbol of freedom, a symbol of movement, a symbol of independence and a chance to get away from a life he didn't want in Hibbing."
Clique aqui para baixar o álbum.
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