Alive virou hino de um pessoal que cresceu - e talvez aprendeu - a escutar música com o grunge e seus principais nomes: Nirvana, Soundgarden, Alice in Chains e o próprio Pearl Jam. Está tão ligada a este período do início da década de 1990 quanto, talvez, esteja "Stairway to Heaven" do Led Zeppelin ao anos 1970, ou "Boys Don't Cry", do The Cure, aos anos 1980.
Como toda música símbolo de uma uma geração, Alive também foi escutada a uma exaustão que, para muitos, a desqualificou como música de qualidade. Mas é inegável assumir que ela tem todos os elementos de uma excelente música: sua introdução instrumental, tão marcante quanto suficiente para reconhecimento imediato da música, cria a expectativa necessária para o primeiro primeiro verso - "Son, 'she said, Have I got a little story for you" - , gritado-cantado por Eddie Vedder com a urgência de que a letra pede; o refrão é explosivamente pop, três power chords acompanhando a melodia e assessorando o canto - "I'm still aliveeee" - que ecoa como um brado de libertação de uma alma traída.
O longo solo de Mike McCready, melodioso e também virtuoso, finaliza a música com o tipo de caos que se previa desde o início: genuíno, transparente e, acima de tudo, libertador, como só poderia ser uma música que se chama "Alive".
P.S: A foto que abre este post é Eddie Vedder dando um baita mosh, tirada daqui.
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