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Antes que alguém pergunte "quem??", esclareço: o Kinks é uma das principais bandas inglesas do século passado, surgida em 1963 e participante da chamada "British Invasion", termo cunhado para designar o avanço mundial de bandas inglesas como os Beatles, Rolling Stones, The Who, dentre outras. Nunca fez tanto sucesso quanto essas três contemporâneas, mas é sempre citada como uma das bandas de rock mais influentes de todos os tempos. Mais informações, clique aqui.
Explicada a situação, Ray Davies, o vocalista, principal compositor e líder da banda, disse, em matéria do jornal inglês Daily Mail da quinta-feira 27 de dezembro de 2007, que já há algum tempo tenta juntar os outros membros da banda. Devido a problemas de saúde de seu irmão, o guitarrista Dave Davies, e do baixista Pete Quaife, a volta vinha sendo adiada.
_ Conversei com Quaife há um mês, e ele diz querer muito fazer outro disco comigo”, contou Davies, que também falou do irmão e do baterista do grupo, Mick Avory: “Acho que Dave (que teve um derrame em 2004) está melhor e Mick ainda toca. Seria ótimo nos reunirmos apenas para ver que idéias musicais teríamos.” - disse Ray ao jornal inglês.
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Desde que escutei o Kinks, em meados deste década, não consigo deixar de achá-la uma das melhores bandas do século passado. Se não chega ao patamar de qualidade unânime dos Beatles, também não perde muito para o Rolling Stones ou o The Who.
Numa comparação com os Beatles, o Kinks era como uma banda que, ao invés de evoluir do romantismo puro para temas sérios e complexos como os fab four na mudança que marcou o fim da fase beatlemania, em 1965, tivesse mantido a simplicidade instrumental e acrescentado o aspecto diferencial, de acompanhar o ritmo de experimentação do seu tempo, nas letras, recheadas de ironia; algo como se um Monty Python não tão nonsense e mais romântico tivesse passado a tocar rock'roll.
Por falar em romantismo, o Kinks sabia ser quando lhe interessava; olhe o vídeo abaixo de "Waterloo Sunset", linda balada que está no disco Something Else by The Kinks, de 1967. A letra é uma crônica do encontro de um casal na Londres da década de 1960. Reza a lenda que Ray Davies, logo depois de escrever a letra, passou pelos locais da cidade para confirmar se o que tinha descrito como cenário condizia mesmo com a realidade.
Quem quiser conhecer mais do Kinks, recomendo começar com qualquer um desses quatro discos da fase áurea da banda: Face to Face (1966), Something Else by The Kinks (1967), The Kinks Are The Village Green Preservation Society (1968) ou Arthur (Or the Decline And Fall Of The British Empire) (1969).
Link para baixar o Something Else tem aqui. E para o The Village Green aqui. E para o Arthur tem aqui. Face to face fico devendo.
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Um comentário:
Kinks é tão bom...tomara que voltem...e criem coisas novas...mesmo com um passado cheio de grandes sons! Bjus da ia
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